Clientes “entram” em ação contra o Banco do Brasil após chamado da Justiça
Pedido é de indenização de R$ 10 mil por demora no atendimento
Após a Justiça publicar edital alertando os cidadãos sobre prazo de 30 dias para ingressarem na ação que o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) move contra o Banco do Brasil, cliente apresentaram pedido de indenização como "terceiro interessado”. O prazo terminou no mês passado.
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Clientes do Banco do Brasil em Campo Grande (MS) estão se manifestando como terceiros interessados em ação civil pública movida pelo Ministério Público estadual. Os relatos incluem casos de espera superior a 1h30 para atendimento e falhas na prestação de serviços. O MPMS solicita indenização por danos morais individuais de R$ 10 mil por consumidor e danos morais coletivos de R$ 10 milhões, a serem destinados ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor. O banco afirma prezar pela qualidade do atendimento, mas não comenta processos em andamento.
Moradora em Campo Grande, auxiliar administrativo relatou ter enfrentado espera de mais de 1h30 e ainda ter saído da agência bancária, na Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua 13 de Maio, sem solução para a demanda.
Ela foi ao local em 26 de março de 2023 para retirada de um cartão, mas o documento havia sido extraviado.
“Conforme demonstram os documentos ora anexados, chegou ao local às 11h e permaneceu por 35 minutos apenas para conseguir a senha de atendimento na recepção. Após esse período, dirigiu-se ao andar superior, onde aguardou por mais 1 (uma) hora até ser finalmente chamada ao caixa convencional. Todavia, mesmo após longa espera, não obteve êxito na retirada do cartão, sendo informada que o documento havia sido extraviado, motivo pelo qual teve de realizar nova solicitação. Ao final, a requerente deixou a agência às 12h35, tendo permanecido no local por mais de 1h30 sem qualquer solução”, informa o documento.
Noutra manifestação, um advogado relata que foi ao banco, na Afonso Pena, em 23 de julho de 2024. O cliente chegou às 11h16 e o atendimento só foi às 13h02.
“O atendimento, contudo, só foi efetivado por volta das 13h02, ou seja, após uma espera de mais de 1 hora e 30 minutos, fato que causou não apenas desperdício de tempo, mas também profundo constrangimento e transtornos no exercício profissional”, relata.
Na ação civil pública que tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, a promotoria pede que seja indenizado o dano moral individual em valor não inferior a R$ 10 mil por consumidor.
O MPMS também requereu que a instituição bancária seja condenada pelos danos materiais sofridos pelos consumidores por seus serviços não prestados adequadamente a serem apurados em eventual liquidação de sentença a ser promovida pelas vítimas.
Também há pedido para que seja indenizado o dano moral coletivo em valor não inferior a R$ 10 milhões, montante que deve ser recolhido ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor.
Segundo o Ministério Público, foi comprovado, de maneira inequívoca, o descumprimento quanto à espera para atendimento na instituição financeira. Situação que mostra a má prestação do serviço bancário e descumprimento de leis e resolução do Banco Central sobre filas.
O Banco do Brasil informou que não comenta processos judiciais em andamento. Mas, em comunicado enviado à reportagem em março, se manifestou sobre atendimento.
"O BB preza pela qualidade do atendimento, sendo um dos bancos com menor número de reclamações e melhor avaliação junto aos clientes. Além da rede física, o BB conta com em diversos canais para seus clientes”.
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