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Capital

Com delegacias lotadas, Estado estuda prisão para crimes como dívida de pensão

UPC é destinada exclusivamente à custódia de presos civis, como devedores de pensão e outros casos sem crime

Por Lucas Mamédio | 23/01/2025 16:16
Com delegacias lotadas, Estado estuda prisão para crimes como dívida de pensão
Projeto mostra o que seria a fachada da UPC (Foto: Reprodução)

O Governo de Mato Grosso do Sul já tem estruturado o projeto de implantação da Unidade Prisional Civil (UPC) no município de Campo Grande. A UPC é destinada exclusivamente à custódia de presos civis, como devedores de pensão alimentícia e outros casos que não envolvam crimes.

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Mato Grosso do Sul iniciará a construção de uma Unidade Prisional Civil (UPC) em Campo Grande, com capacidade para 69 presos civis, como devedores de pensão alimentícia. A iniciativa, em estrutura pré-moldada, visa solucionar a superlotação de delegacias com presos civis, conforme denúncias do Ministério Público e decisão judicial. A primeira fase da obra deve ser concluída em 120 dias, com previsão de entrega final entre agosto e setembro de 2025, melhorando as condições de custódia e o funcionamento das investigações policiais.

Com estrutura pré-moldada e capacidade para 69 presos, o projeto prevê a contratação de uma empresa especializada em edificações desse tipo. A previsão é que a primeira fase da obra deve ser entregue em 120 dias, com previsão de conclusão total entre agosto e setembro de 2025.

O projeto da UPC veio à tona como um documento anexo em um processo judicial que discutia outro tema: a permanência irregular de presos civis em delegacias do estado, que tinha como requerente o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-MS). Essa prática, denunciada pelo Ministério Público, apontava para a falta de instalações adequadas para esse tipo de custódia, gerando a necessidade urgente de uma solução definitiva.

Com delegacias lotadas, Estado estuda prisão para crimes como dívida de pensão
Projeto mostra complexo externo da UPC em Campo Grande (Foto: Reprodução)

O processo tratava inicialmente de apurar denúncias sobre a permanência de presos em delegacias de polícia por períodos além do permitido pela lei. Essas condições foram apontadas como violações aos direitos humanos e ao Código de Processo Penal.

A 67ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, por meio da promotora Paula da Silva Volpe, destacou que a falta de unidades apropriadas para a custódia de presos sobrecarregava as delegacias e prejudicava as investigações policiais. Durante o curso do processo, o Estado apresentou documentos que incluíam o anteprojeto da UPC como uma das medidas para resolver o problema.

O Ministério Público foi o primeiro a solicitar que o Estado apresentasse provas e planos concretos para solucionar as irregularidades no sistema prisional. A demanda foi acompanhada pela decisão de um juiz, que determinou a produção de provas documentais e periciais. Foi nesse contexto que o projeto da UPC foi anexado aos autos.

O despacho, assinado pela Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), detalhou o planejamento e as etapas da construção. Entre os pontos destacados estão:

- Localização: O complexo da Gameleira, em Campo Grande, foi escolhido como sede da UPC.

- Capacidade: A unidade será destinada exclusivamente para 69 presos, incluindo devedores de pensão alimentícia e outros casos de prisão civil.

- Estrutura pré-moldada: Essa escolha visa agilizar a construção e reduzir custos.

- Prazo de entrega: A primeira fase da obra deve ser concluída em 120 dias, com a entrega final prevista para o segundo semestre de 2025.

A nova unidade pretende desafogar as delegacias, que atualmente acumulam a responsabilidade pela custódia provisória, comprometendo recursos e atrapalhando as funções investigativas da polícia. O planejamento também considera normas internacionais de direitos humanos, assegurando condições dignas de custódia.

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