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Capital

Com falha em adutora, caminhões-pipa tentam amenizar falta de água

Águas Guariroba está disponibilizando caminhões pipas para abastecimento de escolas e unidades de saúde

Yarima Mecchi e Patrícia Hadlich | 30/03/2017 11:33
Ceinf do bairro Jardim Oiti. (Foto: William Franco)
Ceinf do bairro Jardim Oiti. (Foto: William Franco)

Com medo de faltar água o Ceinf (Centro de Educação Infantil) Juraci Galvão de Oliveira, no Residencial Oiti, está dispensando os alunos e atendendo somente as crianças que os pais não têm onde deixar.

Assim como em outros 75 bairros de Campo Grande, o Oiti também está sem abastecimento de água desde quarta-feira (29) por conta do vazamento causado na adutora de captação da Águas Guariroba, que recorre a caminhões-pipa na tentativa de amenizar os problemas até que tudo seja normalizado.

Uma funcionária, que não quis se identificar, informou que os pais que chegam com as crianças estão recebendo uma recomendação para deixar o filhos em casa ou com alguém. "Os que não trabalham estão levando de volta, mas os que deixam nós avisamos que se faltar água terá que buscar", disse.

A unidade atende cerca de 200 crianças normalmente e hoje está com 97 alunos, ou seja 48,5% do total.

Além da creche, quem também se preocupa com o desabastecimento é a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Por meio de nota, a pasta informou que o reservatório da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Coronel Antonino está se esgotando e já foi solicitado o abastecimento por parte da empresa. 

"O que até agora não foi feito porque eles alegam que estão com um caminhão a menos e os demais todos ocupados", diz a nota.

Em falta - Sem caixa d'água, a dona de casa Izaura Amélia Ferreira está sem abastecimento. Ela mora na Avenida Marinês Souza Gomes, cerca de cinco quilômetros de onde houve o rompimento da adutora.

Izaura não tem o recurso armazenado em casa e precisou de ajuda nesta manhã. "Eu percebi que estava sem quando levantei para ir ao banheiro, durante a madrugada. É muito transtorno, para fazer café hoje cedo busquei água na minha filha", relatou Izaura.

Ela espera que o serviço seja normalizado antes do horário do almoço no seu bairro. "Minha filha é minha vizinha, mas espero que volte logo. Estou sem lavar roupa e torcendo para que voltar até a hora do almoço e conseguir fazer comida", destacou.

Local onde rompeu adutora. (Foto: William Leite)
Local onde rompeu adutora. (Foto: William Leite)

Semed - Por meio de nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) alegou que informou as unidades escolares sobre a disponibilização do caminhão pipa pela empresa Águas Guariroba. De acordo com a secretaria, algumas unidades já solicitaram, mas até o momento não tem os números fechados.

"Porém, três Ceinfs informaram que solicitaram o caminhão. Ainda estamos verificando o total", diz a nota.

Com relação a dispensa dos alunos, a Semed ressaltou que não fez qualquer tipo de recomendação para dispensar devido ao receio de faltar água. "Desde ontem a Semed está recomendando a economia e está acompanhando o problema junto aos diretores das unidades", complementa.

Adutora já consertada. (Foto: William Leite)
Adutora já consertada. (Foto: William Leite)

Empresa – Para as unidade de saúde e escolas, públicas e privadas, a Águas Guariroba está disponibilizando caminhões-pipas para abastecimento. Os responsáveis devem entrar em contato com a empresa e solicitar serviço.

De acordo com a Águas Guariroba, há sete caminhões-pipa circulando e fazendo o abastecimento nas unidades. "Todos os caminhões estão operando para gente hoje. Estamos alugando para suprir a demanda. Ao todo são sete", informou a assessoria da empresa.

Situação – O abastecimento de água nos 76 bairros de Campo Grande deve ser totalmente retomado até o fim da tarde desta quinta-feira (30), de acordo com a concessionária responsável Águas Guariroba.

O serviço foi interrompido no início da tarde de ontem (29) após a adutora que capta o recurso do Córrego Guariroba romper às margens da BR-262, próximo ao Autódromo de Campo Grande, no extremo leste da cidade.

As equipes precisaram escavar cerca de cinco metros para chegar à adutora e fazer os reparos. Os serviços foram encerrados por volta das 2h de hoje.

Ao todo, 45 pessoas trabalharam no serviço, entre técnicos, engenheiros e pessoal da segurança do trabalho, de acordo com a assessoria de imprensa da concessionária. 

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