Com grupo no WhatsApp, Guarda chega mais rápido para atender bairros
Parceria com moradores deu tão certo, que grupos se reuniram para construir atual prédio usado como base para equipe de segurança
O aumento das fiscalizações pelos bairros e também a instalação de bases da Guarda Civil Metropolitana por regiões de Campo Grande tem aproximado moradores das equipes de segurança. Até grupos de WhatsApp foram criados para estreitar a comunicação, o que tem contribuído para que ocorrências sejam comunicadas de forma mais rápida, assim como para melhor atuação da Guarda.
“Atendemos ocorrências de todo tipo, com destaque para apreensão de drogas e armamento. Temos uma comunicação constante com os moradores, em mais de 20 grupos de whatsapp que mantemos contato. Com isso, conseguimos atender as ocorrências no menor tempo possível, contribuindo para a queda no número de delitos na região”, explica o gestor da base operacional do Imbirussu, Wellington Martins.
Só a unidade do Imbirussu é responsável pelo patrulhamento de 36 bairros, além de 59 prédios públicos. Para os moradores, a parceria tem dado certo. “Hoje, não temos nenhum tipo de problema com segurança”, afirma a advogada Helena Kaplan, moradora do Bairro Panamá há 18 anos.
A maior sensação de segurança na região também é resultado do esforço de moradores, que se uniram para arrecadar materiais que possibilitaram a construção da base usada pela equipe.
“Os moradores do Panamá se reuniram e fizemos a cotação de valores dos materiais de construção. Cada morador ajudou de alguma forma, entregando rolos de fio, material que sobrou de reforma ou qualquer item que estava sobrando em sua residência. A estrutura foi entregue pronta para a Prefeitura instalar a Guarda e esse mobiliário passou a integrar o patrimônio público”, explica Helena.
Comércio – Quem tem seu próprio negócio também comemora o aumento da segurança, na região do Panamá.
Para Edna Brito, que possui comércio na Rua Yokoama, o whatsapp trouxe mais dinamismo para a segurança. “Estamos a mercê da malandragem. Com esta parceria, nos sentimos mais seguros. Alguém passa e vê algo diferente, já se movimenta. Todas as forças se ajudam. Com os grupos, temos um instrumento muito importante. Não ficamos dependentes apenas de câmeras. É um instrumento barato e que funciona muito”, classifica.
Nereu Alamini tem comércio na Júlio de Castilho e também aprovoa o sistema. “A Guarda veio para somar e ficar. Estes grupos são uma integração de forças. Com eles, é possível reduzir o tempo de atendimento de uma ocorrência. É um atalho pra gente”, afirma.
