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Capital

Com parte da frota "encostada", Samu tem só 2 viaturas disponíveis

Veículos estão velhos e sucateados. Das 14 existentes na Capital, 9 não tem conserto e serão descartadas

Izabela Sanchez | 09/07/2018 16:28
Ambulâncias paradas no bairro Pioneiros (Paulo Francis
Ambulâncias paradas no bairro Pioneiros (Paulo Francis

Campo Grande deveria ter 14 viaturas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) rodando. Mas hoje, só 2 estão disponíveis. As outras 12 viaturas estão paradas e, dessas, 9 não têm mais como ser recuperadas, segundo a coordenação de urgência e emergência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Coordenador de urgência e emergência da Sesau, Yama Higa explicou que 9 viaturas já não tem mais conserto. Conforme afirma, a frota é antiga e o problema é a falta de investimento do Ministério da Saúde.

O jeito, para quem trabalha no serviço, é priorizar os casos mais graves e deixar os outros esperando. " Ficam vários ocorrências esperando muito tempo, e a gente não tem como despachar porque não tem frota, solicita um serviço que não tem”, afirma um enfermeiro que pediu para não ser identificado.

Ele afirma que o Corpo de Bombeiros, muitas vezes, representa a ajuda. “O que está ajudando bastante é o Corpo de Bombeiros com cinco ambulâncias, mas não sei até quando vamos conseguir”, explicou. “Vem uma sucessão de baixas, agora chegou no limite. Elas vão quebrando e ninguém vai consertando”, afirma.

Capital depende do Ministério da Saúde para repor veículos (Paulo Francis)
Capital depende do Ministério da Saúde para repor veículos (Paulo Francis)

“Diversos estados passam por essa dificuldade. As ambulâncias mais novas são época da Olimpíada, e o fato é que não tem mais manutenção para elas. Tem atrasado principalmente aquilo que é menos urgente, aqueles que estão assistidos em UPAS [Unidades de Pronto Atendimento] e CRSs [Centros Regionais de Saúde], nossa prioridade tem sido um acidentado”, explicou.

No bairro Pioneiros, em Campo Grande, cerca de 10 viaturas estão encostadas na base do Samu. A coordenadora do serviço em Campo Grande, Maithe Vendas Galhardo, informou que a Prefeitura não pode adquirir novas ambulâncias, porque a competência é do Ministério da Saúde. O Ministério pode fornecer por meio de doações, e as aquisições também podem ser realizadas por meio de emenda parlamentares.

Como está - Hoje, além das duas viaturas, o Samu tem duas motocicletas e um veículo de intervenção rápida. Em junho, foram 2800 atendimentos com a viatura básica e 700 com a avançada.

“O Ministério não repôs as ambulâncias que a gente já pediu desfazimento. Isso foi encaminhado para o Ministério há 2 anos, e agora aconteceu com mais 4. Até junho conseguimos contornar, mantendo a nossa média de atendimento, agora isso impacta quando você tem uma menor frota porque ficam sobrecarregados, você tem uma média de rodagem, de quase 60 mil km por mês, e quanto menos ambulância, mais você vai sobrecarregando , mais você vai tendo manutenção”, comentou.

A Sesau afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que solicitou a reposição de 9 viaturas  junto ao Ministério da Saúde. A Secretaria enfatizou que o Ministério da Saúde é o único e exclusivo órgão para compra de viaturas. A Sesau afirma que informou ao órgão federal a necessidade existente e aguarda a liberação de novas viaturas em substituição às que estão no termo de "desfazimento".

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