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Capital

Com vigilantes em greve, lotéricas se recusam a receber pagamentos

Viviane Oliveira | 04/02/2013 19:10
Fila grande em um dos correspondentes bancários do Bradesco. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Fila grande em um dos correspondentes bancários do Bradesco. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Cartaz no caixa diz que a lotérica não está recebendo contas e depósitos.  (Foto: Rodrigo Pazinato)
Cartaz no caixa diz que a lotérica não está recebendo contas e depósitos. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Com a greve dos vigilantes deflagrada na última sexta-feira (28), em Campo Grande, a maioria das casas lotéricas não está recebendo pagamentos e fazendo depósitos. Além disso, a maior parte das agências bancarias não abriu as portas e o serviço nos caixas eletrônicos ficou prejudicado.

Os funcionários das empresas de monitoramento eletrônico, segurança patrimonial, transporte de valores e abastecimento de caixas reivindicam adicional de 30% para risco de vida contra os 9% pagos atualmente. O sindicato da categoria atua em 45 municípios, num total de 6 mil funcionários.

Na tarde desta segunda-feira, quem tentou depositar nos Caixas Eletrônicos da Caixa Econômica Federal e nas lotéricas não conseguiram. Na Caixa da avenida 13 de Maio com a Candido Mariano só estavam sendo disponibilizadas notas de R$ 2, o restante havia acabado e não seria feita a reposição de mais cédulas, por causa da greve.

Na fila de uma casa lotérica, a cozinheira Maura Rodrigues, 47 anos, tentava fazer um depósito depois de não conseguir em uma agência. “Desde sexta-feira está assim. Eu concordo com a greve, acho que eles devem lutar pelo direito deles, porém quem sofre é sempre a população”, pontuou.

Compartilha da mesma opinião, o pastor e representante de vendas Cleydson Garcia Vasconcelos, 48 anos, que enfrentava uma fila quilométrica em um correspondente bancário do Banco do Bradesco.

“Preciso pagar a prestação do carro e uma conta de água que vai vencer hoje. Quanto a greve acho justo, os vigilantes têm que agir assim para chamar a atenção e fazer com que a greve traga resultados positivos para eles”, afirma.

De acordo com a funcionária de uma casa lotérica na rua 14 de Julho, Kelby Devicare, de 45 anos, as pessoas reclamam muito, mas infelizmente não tem como receber dinheiro se os transporte de valores não estão sendo feitos. “No dia de pagamento vai ser pior ainda. Na maioria das casas lotéricas só estão sendo feitos jogos”, finaliza.

Uma Lei federal impede que as agências bancárias funcionem sem a presença de seguranças. “Sem negociações, a greve não tem prazo para terminar”, afirma o presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Marcos Tabosa.

Esta segunda-feira é o quarto dia de paralisação dos vigilantes que reivindicam o pagamento do novo adicional de periculosidade da categoria, que teve um reajuste para 30% desde o dia 10 de dezembro do ano passado. Conforme Tabosa, das 36 empresas, que utilizam o serviço dos vigilantes, apenas 3 pagam os 30%. 

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