Comerciantes exigem segurança e soluções para o abandono do Centro
Encontro denominado "SOS Centro" foi marcado por reclamações e críticas à ausência de políticas públicas

Moradores e comerciantes do Centro compareceram, na noite desta segunda-feira (17), a reunião organizada pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) discutir os problemas da região. As principais queixas foram a falta de segurança, furtos, uso de drogas em praças e prédios abandonados, além da cobrança por ações para retirar pessoas em situação de rua do entorno comercial.
O encontro aconteceu no Sesc Sabor e Arte e contou com representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e secretarias da prefeitura. A prefeita Adriane Lopes (PP) foi convocada, mas não compareceu. A SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) também não enviou representantes.
“Estamos cansados. Todo dia é furto, é loja arrombada, gente usando droga na porta dos comércios. A situação ficou insustentável”, reclamou a administradora Gleice Mirari, que cuida de três condomínios na região central.
O secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, disse que o problema é nacional e alertou para um possível colapso urbano. “Se não tivermos uma mobilização conjunta, podemos perder o controle das nossas cidades”, afirmou. “Não adianta só cobrar. O poder público não dá conta sozinho. Precisamos de uma solução que envolva toda a sociedade, empresários e governo.”
O comandante da CPM (Coordenadoria de Policiamento Metropolitano), coronel Almeida, revelou que a Polícia Militar tem 2.500 moradores em situação de rua cadastrados apenas no quadrilátero central. “Nós não podemos simplesmente tirar essas pessoas das praças, porque elas têm direito de ir e vir”, explicou. “O problema é que muitos desses prédios abandonados se tornam ponto de tráfico e consumo de drogas, e isso afeta diretamente o comércio.”

Outra promessa veio do delegado Danilo Mansur, que prometeu reforçar o policiamento na região. “A partir de amanhã vamos ter mais presença da Polícia Civil no Centro. Isso é um compromisso”, garantiu.
Durante o encontro, também foi sugerida a criação de uma comissão permanente para acompanhar os problemas do Centro. A única cobrança fora da pauta da segurança veio de uma comerciante que reclamou da falta de estacionamento rotativo. “A prefeita deveria estar aqui para dar um prazo. Sem estacionamento rotativo, o Centro morre”, criticou.
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