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“Tem como voltar no tempo?”, pergunta menina que teve perna amputada em acidente

A criança está na UTI pediátrica em estado instável e as próximas 48 horas são consideradas decisivas

Por Bruna Marques | 17/06/2025 08:54
“Tem como voltar no tempo?”, pergunta menina que teve perna amputada em acidente
Yuri com a filha em foto tirada na rodoviária de Campo Grande, antes da menina embarcar rumo a Corumbá (Foto: Arquivo pessoal)

A frase dita pela menina de apenas 6 anos, logo após o acidente na BR-262, entre Corumbá e Miranda, expõe com delicadeza e dor a tragédia vivida pela família: “Mãe, tem como voltar no tempo?”.

RESUMO

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Menina de seis anos tem perna amputada após acidente entre ônibus e caminhão em MS. A criança estava a bordo de um ônibus da Viação Andorinha, na BR-262, entre Corumbá e Miranda, quando uma barra de ferro se desprendeu da carroceria de um caminhão, atravessou o para-brisa e a atingiu. O acidente ocorreu no domingo (15). A vítima foi levada para o hospital de Corumbá e transferida para a Santa Casa de Campo Grande, onde precisou amputar a perna direita acima do joelho. A menina segue internada na UTI pediátrica em estado instável e ainda não sabe da amputação. A família pede orações e energias positivas para a recuperação da criança, que sonhava em ser professora de balé.

A colisão entre um ônibus da Viação Andorinha e um caminhão, na manhã de domingo (15), causou ferimentos graves na menina, que precisou ter a perna direita amputada. Em entrevista ao Campo Grande News nesta terça-feira (17), o pai da criança relatou os momentos de lucidez da filha ainda presa à cadeira do ônibus. “Ela também disse: ‘A gente poderia ter vindo de carro, né?’ e ‘Eu podia ter trocado de lugar com você’”, lembrou Yuri Polastri de Campos, técnico em automação industrial, de 30 anos.

A menina viajava com a mãe; Yuri havia apenas deixado as duas na rodoviária. Durante o trajeto, uma barra de ferro se soltou da carroceria do caminhão e atravessou o para-brisa do ônibus, atingindo diretamente a criança. Segundo o técnico, a filha ficou presa por cerca de duas horas até a chegada do socorro.

A menina e a mãe foram levadas ao hospital de Corumbá. Apesar da barra metálica não ter atingido órgãos vitais, a lesão na perna foi grave. Já em Campo Grande, na Santa Casa, os médicos constataram que a circulação havia sido interrompida por tempo prolongado.

“Os médicos explicaram que, se a irrigação de sangue não volta em até quatro horas, o membro pode ser perdido. No caso dela, isso foi ultrapassado, e mesmo com tentativas de reconstrução da artéria, não houve resposta”, disse o pai. A amputação foi realizada acima do joelho (transfemoral).

A menina segue sedada na UTI pediátrica da Santa Casa, em estado instável, e ainda não sabe da amputação. Yuri conta que a filha sempre sonhou em ser professora de balé. “As próximas 48 horas são decisivas. Ela perdeu muito sangue, está recebendo medicamentos para manter a pressão e segue sob monitoramento intenso para evitar infecções ou falência de órgãos”, explicou.

Apesar do cenário difícil, ele enaltece a força da filha e da mãe“A equipe de resgate elogiou a calma e a colaboração dela durante o atendimento. E a mãe tem sido a nossa base. Mesmo abalada, tem se mantido firme”.

A família ainda evita comentar sobre a responsabilidade da empresa de transporte. “Nosso foco agora é a recuperação da Catarina. Ainda não é hora de falar sobre a empresa. Pedimos apenas que as pessoas continuem orando e mandando boas energias, isso tem nos ajudado muito”.

“Tem como voltar no tempo?”, pergunta menina que teve perna amputada em acidente
Imagem mostra barra de ferro em ônibus da Andorinha, em Corumbá (Foto: Diário Corumbaense)

Os médicos informaram que o corpo da menina deve se adaptar à nova realidade com o tempo. “Ela é muito forte. Estamos nos agarrando a isso e à esperança de que, mesmo tão pequena, ela consiga superar esse trauma”, concluiu o pai.

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