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Capital

Consórcio Guaicurus cobra ajuda financeira como as adotadas em outras cidades

Em Limeira (SP) e em Curitiba (PR), as prefeituras farão repasses para cobrir os déficits causados pela redução de passageiros

Maressa Mendonça | 22/06/2020 17:45
Passageiros usam máscaras e respeitam distanciamento em meio à pandemia (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Passageiros usam máscaras e respeitam distanciamento em meio à pandemia (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)


Em reunião agendada para esta terça-feira (23) o presidente do Consórcio Guaicurus, empresa responsável pelo transporte público de Campo Grande, João Rezende deve defender iniciativas semelhantes às adotadas pelos prefeitos de Limeira (SP) e Curitiba (PR) para evitar a falência do serviço em meio à pandemia do coronavírus. A reivindicação é por subsídios financeiros para cobrir o rombo causado pela restrição no número de passageiros.

Rezende explicou que o mês de junho deve fechar com 1,5 milhão de passageiros transportados, quando em um cenário normal seriam 3,2 milhões. O mês de maio fechou com 5 milhões e o anterior com 4 milhões de pessoas. Antes do período de pandemia estes números superavam os 10 milhões.

O presidente do consórcio explica que a ideia não é aumentar o  valor da tarifa, mas entrar em um consenso sobre o que pode ser feito para evitar a falência e possível suspensão do serviço. “Estamos otimistas em relação a esta reunião”, diz, citando as iniciativas adotadas em outros municípios.

Em Limeiras, por exemplo, o Executivo Municipal recebeu autorização para repassar até R$ 10 milhões a empresa responsável pelo transporte público. O valor diz respeito à diferença entre a arrecadação com as passagens e custos para manutenção do serviço.  Em Curitiba, a prefeitura vai repassar R$ 50 milhões parcelados durante todo o ano.

Rezende comenta que a redução da frota durante o período de pandemia também diminuiu os custos para a empresa continuar operando, mas isto não é suficiente. Ele lembra também que o fato de idosos e estudantes não estarem usando o transporte público não altera a planilha de cálculo porque eles não são pagantes.

“Nos perguntamos qual usuário pagante não está usando o transporte público”, questiona e cita as demissões em massa feitas por algumas empresas durante o período de pandemia. “Queremos analisar o transporte público a nível nacional e local, fazer uma simulação e pedir apoio para que o serviço não pare”, finalizou.

O transporte coletivo em Campo Grande foi suspenso no dia 20 de março por decreto municipal e retomou de forma gradual no dia 7 de abril. A medida foi tomada com objetivo de incentivar o isolamento social. O serviço que operava com 560 veículos, hoje está com cerca de 300 carros por dia.

Em abril, o consórcio pediu socorro financeiro emergencial à prefeitura com base na queda do número de passageiros, mas recebeu decisão desfavorável da Justiça. Na ocasião, ficou determinado que o município apresentaria um plano sobre o assunto.

A reunião agendada para às 14h de terça-feira (23) será feita com representantes do Ministério Público Estadual, da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) e do Consórcio Guaicurus.

O Campo Grande News tentou contato com a Prefeitura para saber se já há um plano sobre o assunto, mas não teve resposta até o fechamento da edição. A reportagem também tentou contato com o diretor da Agereg, mas as ligações não foram atendidas.

(*) Matéria editada para correção de informações. Onde se lia R$ 1,5 milhão é 1,5 milhão de passageiros.

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