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Capital

Contra calote e precarização da cultura, artistas levam 30 atrações ao Paço

Ricardo Campos Jr. | 22/12/2016 17:42
Protesto teve música e várias outras manifestações artísticas (Foto: Ricardo Campos Jr.)
Protesto teve música e várias outras manifestações artísticas (Foto: Ricardo Campos Jr.)

Cerca de 80 artistas se reuniram em frente à Prefeitura de Campo Grande em protesto pela falta de investimentos e calotes no setor desde 2014. Segundo o presidente do Conselho Municipal de Cultura, Airton Raes, estão previstas mais de 30 apresentações de dança, música e teatro até as 18h em frente ao Paço.

O objetivo da ação, segundo ele, é mostrar à sociedade a diversidade de manifestações culturais existente na Capital e expor os problemas. “São três anos brigando pelo planop municipal de cultura”, explica.

Livia Lopes, integrante do Coletivo Femme da Cia Dançurbana, afirma que luta pela dignidade da cultura desde 2014, quando a prefeitura simplesmente não pagou os aprovados no Fmic (Fundo Municipal de Cultura). O feito se repetiu esse ano, quando um novo edital foi aberto, vários projetos selecionados, mas nenhum recebeu os incentivos.

“Estou nessa luta. Infelizmente as coisas não andaram. Tiveram promessas que não foram cumpridas”, explica.

A dançarina ainda tem esperanças de que o prefeito Alcides Bernal (PP) honre o compromisso feito com a categoria, ou pelo menos dê alguma satisfação, antes de encerrar o mandato. “Queremos começar 2017 com cultura na cidade”.

O grupo do qual ela participa foi um dos que se tornaram vítimas do calote. Eles haviam pedido verbas para uma temporada de apresentações pela cidade, em espaços públicos e escolas, em comemoração aos 15 anos do Dançurbana.

“Se aproveitam da falta de entendimento das pessoas e personificam as coisas. A cultura não são apenas os grupos, mas existe uma cadeia produtiva por trás que gera empregos”, pontua.

O ator e cineasta Filipe Silveira concorda e acrescenta que o curta-metragem que ele havia proposto, que foi aprovado mas também não foi efetivado pela falta de verba, empregaria diversos profissionais, entre direção, arte, atores, editores, etc.

“Nós estamos atolados de moções de congratulações e abraços, mas não é isso que queremos, queremos um respeito verdadeiro.”, conclui.

O grupo levou faixas, cartazes e um trio elétrico para a prefeitura. De cunho pacífico, a manifestação reunia até mesmo crianças acompanhadas pelos pais.

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