Crescem os pedidos de vaga em UTI na Capital para os pacientes do interior
Declaração é do prefeito Marquinhos Trad que disse que somente no final e semana recebeu 7 ligações pedindo vagas de UTIs
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse hoje que desde início da pandemia já recebeu inúmeras ligações com pedidos de leitos de UTI nos hospitais de Campo Grande, para pacientes que estão em estado crítico no interior. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, que destacou que a procura é para o Hospital Regional.
Somente no final de semana foram sete ligações feitas ao prefeito. “A gente recebe telefonemas dizendo: Por favor meu pai não pode morrer, meu pai precisa de UTI. Somente no final e semana foram sete telefonemas de pessoas do interior. Políticos e políticas pedindo para eu ajeitar uma vaga porque eles estão ficando sem oxigênio”, destacou o prefeito.
Trad afirma que muitas pessoas estão dizendo para ele criar barreiras sanitárias na entrada da Capital para que os doentes não tenham acesso à cidade e crie uma espécie de isolamento.
“Muitos orientam isolar a cidade. Mas é assim que a gente vai cuidar um irmão nosso? Cai fora daqui! É assim que deve ser feito? Se você acha que é assim me ajuda a atender a filha ou a neta de um avó que me ligou, de 8 anos dizendo: Meu avô me criou, não deixa meu avô morrer. E aí?", questionou o prefeito.
Apelo - Diante do cenário, cada vez mais crítico, o prefeito apelou novamente a população para que faça o isolamento.
“Estes não fizeram a parte deles, querem vir para Campo Grande. Por isso, volto a afirmar que pode custar muito caro a desobediência ao isolamento. Por isso gente eu peço: ajudem a nossa cidade. Foram mais de 600 ligações e vocês sabem que as pessoas não estão mais obedecendo, nem o que eles pediram de segurança para o próprio segmento”, argumentou.
O prefeito ainda criticou os que jogam a culpa nos outros. “Não interessa, não pode ter alguns fora das regras. A gente tem que cumprir, neste momento. Estou pedindo a vocês. Fechar tudo novamente seria um impacto pior para todo mundo. Criamos protocolo de segurança mas tem pessoas ficando até duas, três quatro horas da manhã na aglomeração. Ai as pessoas dizem não sou eu: são os jovens. Cadê os pais desses jovens? Cadê o sacerdote da casa? Cadê?"