Criança é atropelada 2 vezes e moradores reclamam de trânsito na Campestre
Imagens mostram menino atravessando a avenida correndo; ele foi atingido por um carro e uma caminhonete
Uma criança, não identificada, foi atropelada por uma carro de passeio e uma caminhonete ao atravessar correndo a Avenida Campestre, no Jardim Aero Rancho, no início da tarde desta quarta-feira (5). Toda a cena foi gravada por câmeras de segurança da região e após o acidente, os moradores reclamaram do trânsito intenso e do abuso da velocidade na via, embora os veículos envolvidos não estivessem em alta velocidade.
O acidente aconteceu às 13h14. Nas imagens é possível ver o menino atravessar a via correndo, sem olhar os carros. Ele é atingido pelo carro, que arremessa o corpo e depois, pela caminhonete. O motorista ainda tenta frear e evitar a colisão, mas não consegue.
Ao Campo Grande News, testemunhas contaram que o menino foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) consciente. A idade e o estado de saúde não foram divulgados.
Apesar do susto, a situação era prevista pelos moradores, já que o local do acidente fica a poucas quadras de uma escola e é quase impossível atravessar a avenida. Foi o que contou a comerciante Dilma Lopes Rodrigues, de 47 anos. Há nove, ela mantém uma loja na avenida e ressaltou que “sempre foi assim”. “Das 17h30 até às 18 horas ninguém consegue atravessar essa avenida. Povo vem igual doido”.
As manhãs na avenida também são movimentadas. A Marilene Aguilar Lopes, de 39 anos, conta que mora na avenida há 10 anos e sequer consegue entrar em casa com o carro. “Às 7 horas não consigo sair, nem entrar. Fica uma fila imensa de carros e aquele quebra-molas ninguém respeita”, aponta para o único obstáculo para os motoristas na pista.
Por conta do grande fluxo de carros e do abuso da velocidade, os acidentes na avenida são constantes, principalmente no cruzamento com a Rua Sabrina. No dia 22 de dezembro do ano passado, Jhonatan dos Santos Salina, de 22 anos, morreu após ser atingido por um Chevrolet Corsa, dirigido por um motorista de ônibus do transporte coletivo, de 40 anos, exatamente nesse ponto da via.
Outro alvo do caos no trânsito da região são os animais, como lembra Marta Silva Magalhães, de 60 anos. “Morreu muito animal atropelado aqui. É difícil o dia que não tem uma morte”, relata mulher, moradora do bairro há 32 anos. “Tinha que ter um semáforo aqui”. O pedido por providências já foi levado para a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) pela população, mas ainda não houve resposta.
Confira imagens do acidente: