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Capital

Crime tratado com passional pela polícia está ligado a guerra entre facções

Viviane Oliveira | 25/01/2017 13:26
Uma das vítimas mortas caída em construção (Foto: Fernando Antunes)
Uma das vítimas mortas caída em construção (Foto: Fernando Antunes)
Delegado Weber Luciano no dia em que ocorreu o duplo homicídio no Nova Lima (Foto: Fernando Antunes)
Delegado Weber Luciano no dia em que ocorreu o duplo homicídio no Nova Lima (Foto: Fernando Antunes)
Caminhonete foi cercada por Ônix e Ezequiel metralhado (Foto: Última Hora)
Caminhonete foi cercada por Ônix e Ezequiel metralhado (Foto: Última Hora)

Ezequiel Romeiro Spinosa, 29 anos, assassinado ontem no Centro de Ponta Porã, é acusado de ter matado duas pessoas em agosto de 2015, em Campo Grande. Na época a Polícia Civil investigou o caso e concluiu que foi crime passional. Mas o envolvimento dos três com facções é apontado como  o motivo do crime pela polícia paraguaia.

Apesar de ser assaltante, pistoleiro e usar nome falso, Ezequiel compareceu na 2ª delegacia por duas vezes para prestar depoimento sobre os assassinatos de Magno Gauber Guimarães e Aílton Márcio de Oliveira Ferreira, ambos de 32 anos, mas nunca foi preso. Durante depoimento, o acusado fez prevalecer sua versão de crime passional.

No entanto, a polícia paraguaia afirma que Magno e Aílton eram membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e foram mortos quando tentavam executar Ezequiel por ordem da facção. Os dois pretendiam matar o paraguaio, dono da construção onde o crime ocorreu, na Rua Randolfo Lima, no Bairro Nova Lima.

Ao perceber a chegada dos pistoleiros, Ezequiel atirou primeiro. Atingiu um dentro do carro e outro já no quintal da obra. Após o crime, Ezequiel fugiu para Pedro Juan Caballero e entrou em contato com a polícia dias depois, por meio do advogado de defesa dele. 

Segundo o delegado Weber Luciano Medeiros, responsável pela investigação, durante as oitivas houve quem falasse em briga por descumprimento de acordo comercial, porém, Ezequiel manteve a versão de crime passional, porque tinha envolvimento com a mulher de Aílton.

Ezequiel foi indiciado por duplo homicídio e porte ilegal de arma. O delegado não pediu a prisão dele por entender que se tratava de legítima defesa, já que os dois homens tinham invadido a casa para matá-lo.

Quando foi morto ontem, Ezequiel usava documento falso em nome de Victor Hugo Colman. Ele conduzia uma caminhonete Toyota Hilux SW4 prata, com placa de Ponta Porã, quando foi cercado pelos quatro pistoleiros no GM Ônix vermelho com placa do Paraguai. Ezequiel foi morto com vários tiros de fuzil e pistola.

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