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Capital

De sapateira a televisor: entulho vira "casa" de mosquito no Aero Rancho

Agentes de saúde inspecionaram mais de 500 imóveis e eliminaram 36 criadouros do Aedes aegypti em menos de 10h

Tainá Jara | 02/02/2020 12:13
Foram detectados mais de 1,6 mil depósitos de lixo na região do Anhanduizinho (Foto: Divulgação/PMCG)
Foram detectados mais de 1,6 mil depósitos de lixo na região do Anhanduizinho (Foto: Divulgação/PMCG)

Cerca de 30 agentes de saúde encontraram de sapateira a televisor, além dos tradicionais pneus, servindo de criadouros para mosquito da dengue durante ação realizada neste fim de semana, na região do Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Até ontem, mais de 500 imóveis tinham sido inspecionados, sendo que 391 estavam fechados, e 36 focos foram eliminados, em menos de 10h.

Boa parte dos locais onde foram encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika, no entanto, se tratavam de terrenos baldios, utilizados pelos moradores como depósito de lixo. Inúmeros sofás e sacolas plásticas foram verificados durante a ação. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) encontrou mais de 1,6 mil depósitos de lixo.

A ação na região do Anhanduizinho continua neste domingo e antecede a segunda etapa da campanha "Mosquito Zero – É matar ou morrer”. O lançamento está previsto para ser realizado na terça-feira, a partir de 09h, na Escola Municipal Professor Wilson Taveira Rosalino, localizada na Rua Tokuei Nakao, s/n.

Na primeira etapa da ação, realizada na região do Imbirussu, mais de 4 mil imóveis foram vistoriados e 250 focos do mosquito Aedes eagypti eliminados. Segundo o balanço da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais) foram 4.202 imóveis visitados, 4.950 depósitos e 250 focos eliminados e 17 caminhões caçamba de resíduos recolhidos. 

Carcaça de televisores velhos também servem de criadouros (Foto: Divulgação/PMCG)
Carcaça de televisores velhos também servem de criadouros (Foto: Divulgação/PMCG)

Dados epidemiológicos - Segundo informação da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, até o dia 28 de janeiro foram notificados 1.539 casos de dengue em Campo Grande. Um óbito, de um homem de 30 anos, já foi confirmado.

Além dessas, ainda foram registradas 19 notificações de Zika Vírus e nove de Chikungunya, que ainda estão passando por processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas.
Durante todo o ano de 2019, foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.

Apesar dos números expressivos, impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior.

Infestação pelo Aedes - Conforme o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo o Aedes aegypti (LIRAa), sete áreas de Campo Grande foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito.

O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios.

O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depósitos. A área da USF Azaleia aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.

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