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Capital

Defesa alega “imprudência” de pai que matou criança e MP pede júri popular

Evaldo Christyan Dias Zenteno é acusado de matar filho de dois anos para se vingar da mãe do menino

Aline dos Santos | 09/04/2020 12:38
Evaldo (à esquerda) em foto com o filho Miguel, morto afogado em bacia. 
Evaldo (à esquerda) em foto com o filho Miguel, morto afogado em bacia.

As alegações finais do processo em que Evaldo Christyan Dias Zenteno é acusado da matar o filho de dois anos afogado numa bacia mostram a Defensoria Pública apontando que ele agiu por imprudência, sem intenção que a criança de dois anos morresse, enquanto a promotoria pede que ele vá a júri popular.

“Em autodefesa, na oportunidade em que foi ouvido na fase judicial, o acusado sustentou que agiu com imprudência ao deixar o filho tomando banho sozinho na banheira, negando, todavia, que almejava a morte do mesmo”, afirma o defensor público Rodrigo Antonio Stochiero Silva.

Em relação ao crime de homicídio qualificado, ocorrido em 19 de setembro do ano passado, a defesa pede o afastamento da qualificadora de que ele dificultou a defesa da vítima. Já em relação à denúncia de tentativa de homicídio, onde o pai é acusado de ter tentando matar a criança em 12 de setembro, o defensor pede absolvição sumária.

Nas alegações finais, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pede impronúncia pela tentativa de assassinato, mas quer que  Evaldo vá a julgamento por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além de considerar os agravantes, também previstos no Código Penal, pelo crime ser contra descendente (filho) e criança. O processo tramita na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

O caso - Evaldo foi preso depois de levar o filho já morto para a Santa Casa de Campo Grande. Em um primeiro momento afirmou que o menino havia sido jogado em um córrego durante um assalto. A polícia foi chamada e logo os furos na versão começaram a aparecer. O jovem então confessou ter matado Miguel Henrique dos Santos Zenteno com ajuda de dois comparsas.

Alegou que foi orientado por um amigo a tirar a vida do próprio filho para se vingar da ex-mulher, mãe da criança, de quem estava separado há dois meses. Ele chegou a levar a polícia até a casa do suspeito, mas no local os as equipes descobriram que Evaldo estava novamente mentindo. Diante da situação, acabou confessando ter cometido o crime sozinho.

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