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Capital

Duas décadas após matar vizinho, réu foragido vai a juri popular

Crime aconteceu no dia 13 de agosto de 1998, na Rua Galvão Paim, no Bairro Cristo Redentor

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 03/12/2019 08:56
Duas décadas após matar vizinho, réu foragido vai a juri popular
Julgamento sem réu e sem vítima será presidido pelo juiz Carlos Alberto Garcete (Foto: Clayton Neves)

Depois de 21 anos, Roberto Rodrigues, 52 anos, mesmo foragido, vai a julgamento pela morte de Gilson França dos Santos e pela tentativa de homicídio do irmão dele, Gilmar França dos Santos. O Crime aconteceu no dia 13 de agosto de 1998, na Rua Galvão Paim, no Bairro Cristo Redentor, em Campo Grande.

Conforme a denúncia do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o acusado e as vítimas moravam na mesma região. Um dia antes do crime, Roberto e Gilson, que era diretor de esportes do bairro, se desentenderam e discutiram durante uma reunião de moradores. O motivo era a água do bairro que estava contaminada, causando polêmica entre os participantes.

Ainda de acordo com os autos, no dia do crime, Gilson lavava as mãos na varanda de casa quando de repente foi atingida por um tiro na cabeça disparado por Roberto que de cima de um muro fazia os disparos. Mesmo ferida, a vítima saiu correndo, mas foi perseguida e atingida novamente no rosto e no braço direito.

Enquanto socorria o irmão, Gilmar, ao passar em frente a casa do réu e encontrá-lo limpando a espingarda disse: “Você matou meu irmão, isso não vai ficar assim”. Furioso, Roberto seguiu Gilmar e mais uma vez disparou contra as vítimas. Após o crime, Roberto fugiu. A arma de fogo foi apreendida. Gilmar não resistiu aos ferimentos. Já Gilmar foi socorrido e sobreviveu. O julgamento que acontece nesta terça-feira será sem a presença do réu, que nunca foi encontrado, e de Gilmar, que tem mandado de prisão em aberto e por isso não compareceu.

O juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, que vai presidir o julgamento, explicou que, o caso só prescreve com 20 anos depois que o Ministério Público oferece denúncia e a Justiça aceita. O réu está foragido e nunca foi localizado. O processo correu por edital e chegou a ser suspenso, por isso não prescreveu. O julgamento não vai ter a presença do acusado, nem de Gilmar (que na época foi baleado). O Ministério Público solicitou a presença de Gilmar, mas foi descoberto que ele também tem mandado de prisão em aberto e está foragido. 

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