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Capital

Em 1 ano de pandemia, desrespeito às regras nunca foi tão comum como agora

Na avaliação de quem fiscaliza, "população mais complicada para se lidar é a entre 20 e 49 anos"

Lucia Morel | 14/03/2021 08:34
Fiscalizações são sempre realizadas junto com a Vigilância Sanitária e Semadur. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Fiscalizações são sempre realizadas junto com a Vigilância Sanitária e Semadur. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Em um ano de pandemia em Mato Grosso do Sul, os números nunca estiveram tão altos como agora, inclusive quando se fala em estatística de fiscalizações. Em Campo Grande, os primeiros meses já superam os de 2020 em notificações e em festas encerradas.

Até o último dia 11 de março foram 7.661 estabelecimentos fiscalizados e desses, 37 foram notificados por conta de alguma irregularidade sanitária, seja ela de descumprimento do toque de recolher ou falta de licença, por exemplo.

Nesse mesmo período, 43 festas clandestinas ou que geraram aglomeração foram encerradas. Casos em que o evento não tem alvará para funcionar também são passíveis de encerramento.

O pior período da pandemia até agora tinha sido dezembro, quando a fiscalização atingiu 3.885 estabelecimentos. Naquele mês, apenas um local foi interditado e 19 festas foram encerradas.

“No Brasil, já são 13 meses de pandemia e passado tudo isso, a população de certa forma deixou de acreditar na letalidade que essa doença traz e por isso, intensificamos as fiscalizações o que mostra esse aumento aí, de 30 dias para cá”, disse o secretário de segurança municipal, Valério Azambuja.

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Ele cita que a população mais complicada para se lidar é a entre 20 e 49 anos, que é a que está nas ruas, nas festas e que parece “viver uma outra realidade”. “Aceleramos as ações entre fevereiro e março principalmente com esse público, que é os que voltam pra casa a acabam contaminando os pais e avós”, sustenta.

Para ele, principalmente nas últimas duas semanas, sente-se que as pessoas no geral estão mais resistentes e menos tolerantes às medidas de contenção, por isso acredita que o toque de recolher estadual, das 20h às 05, surtirá efeitos positivos. “Dentro de uma semana a 10 dias veremos a desaceleração de casos”, avalia.

Vale ressaltar ainda que a Guarda também recebeu muitas denúncias de casas em que havia festas ou aglomeração, sendo os moradores orientados a encerrarem a reunião. Entre agosto de 2020 e março deste ano, 532 ocorrências desse tipo foram atendidas, sendo a maioria – 160 – em dezembro do ano passado. Neste mês, somente até dia 11, foram 127 casos. Confira mais números em quadro nesta página.

Para o cumprimento do toque de recolher das 20h às 05h que passa a valer domingo, além da GM, forças de segurança estaduais, como Polícias Militar e Civil, além do Corpo de Bombeiros também darão suporte às fiscalizações.

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