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Capital

Em 67 anos de profissão, Syrzil foi médico dedicado e político atuante

Primeiro médico registrado em Mato Grosso do Sul, radiologista também foi político em MS

Luana Rodrigues e Anahi Gurgel | 27/09/2017 18:25
Syrzil Wilson Maksoud foi primeiro médico registrado em Mato Grosso do Sul. (Foto: André Bittar)
Syrzil Wilson Maksoud foi primeiro médico registrado em Mato Grosso do Sul. (Foto: André Bittar)

O cuidado nas consultas, a preocupação com retorno do paciente e o carinho ao tratar qualquer tipo de problema. Com 67 anos de profissão, o radiologista Syrzil Wilson Maksoud, que morreu na manhã desta quarta-feira (27) aos 94 anos, nunca deixou de lado o perfil de médico dedicado ao trabalho e aos pacientes, lembrado durante velório.

“Lembro que quando ele atendia na Santa casa, os pacientes iam de charrete só para fazer consulta com ele”, disse Wilson Luiz Maksoud, 59 anos um dos cinco filhos do médico, ao lembrar do pai como exemplo para todos os médicos de Mato Grosso do Sul, por ter tido a visão de priorizar a qualidade serviços médicos.

Primeiro médico registrado em Mato Grosso do Sul, a trajetória do profissional apaixonado pelo trabalho começou em 1935, quando sua família decidiu trocar a fazenda em Aquidauana por uma residência em Campo Grande para Syrzil, na época com 11 anos, e seu irmão poderem cursar “o ginásio”.

Em 1951, ele formou-se na Faculdade Nacional do Rio de Janeiro da Praia Vermelha, com especialização em radiologia. Já em 1977, na época da divisão de Mato Grosso, o Conselho Federal de Medicina determinou a criação do Conselho Regional de Mato Grosso do Sul, data em que Syrzil foi empossado o primeiro presidente do CRM-MS e ganhou o registro 01, como profissional do Estado.

E a dedicação ao trabalho despertou o desejo de dois dos cinco filhos de seguir os mesmos passos. Wilson e Sérgio Augusto Maksoud, 58 anos, também são radiologistas.

Sérgio lembrou da forma humana como o pai tratava os pacientes. “O que mais me marcou em toda a vida é o exemplo de honestidade e ética dele e a forma como ele se relacionava com os pacientes, além da força. Ele sempre disse que queria morrer em pé, lúcido e assim foi”, contou.

A força de Syrzil também era reconhecida na política. Primo do médico, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) lembrou da trajetória política enfrentada por ele antes mesmo da divisão dos Estados.

“Na história do Mato Grosso uno ainda, ele foi vereador, presidente da câmara municipal e assumiu a prefeitura por aproximadamente 30 dias durante uma viagem do doutor Wilson. É uma perda muito grande, pois foi uma figura importante na área médica e política”, disse o prefeito.

O médico anestesista morreu por volta das 7h20 de hoje, no Hospital da Unimed, depois de passar por um cirurgia na última segunda-feira (25). O velório está sendo no o saguão do CRM-MS (Conselho Regional de Medina em Mato Grosso do Sul), localizado na avenida desembargador Leão Neto do Carmo, 305, no Jardim Veraneio, em Campo Grande. Ele deixa cinco filhos.

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