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Capital

Em dia de jogo do Brasil, pacientes reclamam de espera maior em UPAS

Assim como nas ruas, o movimento nas unidades de saúde de Campo Grande foi atípico. Mesmo com as recepções quase vazias, os pacientes precisaram esperar

Geisy Garnes e Bruna Kasrapy | 22/06/2018 14:01
Na recepção da Upa Vila Almeida paciente esperam por atendimento (Foto: Bruna Kaspary)
Na recepção da Upa Vila Almeida paciente esperam por atendimento (Foto: Bruna Kaspary)

O pouco movimento nas ruas de Campo Grande durante o segundo jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo, refletiu também nos postos de saúde da Capital. Nas unidades de pronto atendimento da cidade, teve muito funcionário que aproveitou a situação e parou para ver os gols do Brasil em cima da Costa Rica nesta sexta-feira (22), deixando pacientes esperado por mais de uma hora.

Na UPA Vila Almeida, enquanto o jogo acontecia, Maria Verônica esperava deitada nas cadeiras da recepção . Em meio a um tratamento de câncer de colo de útero, ela precisou recorrer a unidade após sentir fortes dores. Ainda assim, esperou mais de uma hora por atendimento.

Não havia TV na recepção, nem era possível ver se dentro dos consultórios o jogo era transmitido. Mas o auxiliar de carga e descarga Mateus Pereira, de 24 anos, se surpreendeu com a demora no atendimento. “Sempre é super rápido. Eu fui na triagem e perguntei se tinha médico e se iriam atender, disseram que tinham somente um. Só depois que eu descobri que quem falou comigo é o próprio médico”. 

Quando  conversou com a reportagem, Mateus esperava havia mais de uma hora e era um dos 20 pacientes no local.

Na CRS Tiradentes funcionários pararam para ver o jogo (Foto: Bruna Kaspary)
Na CRS Tiradentes funcionários pararam para ver o jogo (Foto: Bruna Kaspary)
Pouco movimento surpreendeu nesta manhã (Foto: Bruna Kaspary)
Pouco movimento surpreendeu nesta manhã (Foto: Bruna Kaspary)

Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino apenas 16 pessoas esperavam atendimento nesta manhã. Danatielly Martins, de 27 anos, foi a unidade acompanhar a amiga de 22 anos e o filho dela, de 7 meses.“O bebê foi atendido rapidamente. Mas ela já tá esperando uma hora e meia”.

Segundo Danatielly, o atendimento na unidade é geralmente demorado por conta da lotação e o “mistério” é o porquê continua lento mesmo com o pouco número de pacientes. Para as amigas, a equipes médica também aproveitou o clima da copa e parou para assistir o jogo. “Ouvi gritaria e quando minha amiga saiu da triagem falei que parecia que tinha saído gol e ela respondeu que comentaram lá dentro que estava impedido”, lembrou.

A mesma situação foi encontrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Nas primeiras horas do dia, cerca de 20 pessoas aguardavam atendimento. Entre os pacientes, o açougueiro Cristiano Siqueira esperava que a esposa Maria Chaves, de 33 anos, fosse atendida.

A atendente recorreu a UPA após sentir fortes dores no estômago. “Falei para ele iam demorar para atender, porque os médicos vão assistir o jogo”, afirmou Maria. A reportagem, uma funcionária da unidade afirmou que o movimento começa aumentar a partir das 9 horas e que os atendimentos acontecem normalmente nesta manhã.

No CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes, funcionários viram o jogo da televisão instalada na recepção. Com menos de 20 pessoas esperando por atendimento, parte da equipe do local parou para ver a partida.

O Campo Grande News estava na CRS quando Neymar marcou o segundo gol e garantiu a vitória brasileira. De dentro da unidade, gritos de comemoração encheram o ambiente, enquanto dois médicos atendiam os pacientes.

Segundo a prefeitura de Campo Grande, as escalas estão completas nesta sexta-feira, apesar do jogo, e não houve qualquer queixa ou registro de problemas na manhã de hoje.

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