Em júri, assassino de motorista diz que não tinha intenção de matar

"Lamento muito, não tinha a intenção de matar ninguém". Essa foi uma das frases ditas por Igor César de Lima Oliveira, 24 anos, que está sendo julgado nesta terça-feira (17) na 1ª Vara do Tribunal do Júri, pelo assassinato de Rafael Baron, no dia 13 de maio do ano passado, no Jardim Campo Nobre.

Sentado na cadeira dos réus, Igor contou a ex-esposa, grávida de quatro semanas, passou mal e foi levada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon. No local, o casal teve uma discussão.

O casal pediu uma corrida de aplicativo e, no caminho, Rafael teria puxado assunto com a esposa de Igor, causando ciúmes. "Ele fez várias perguntas, ficou conversando só com ela. Ficaram de risadinha, dando a entender que já se conheciam. Fiquei atordoado", disse.

Segundo o réu, o estopim foi quando Rafael disse que "o friozinho estava bom para fazer amor gostoso". A versão, porém, foi desmentida pela ex-mulher de Igor.

Enquanto a ex-mulher fazia o pagamento da corrida, Igor desceu do carro, foi até o apartamento onde viviam, pegou uma arma e voltou para o carro. "Fui tirar satisfação e perguntou porque ele estava dando em cima da minha mulher. Ele acelerou o carro, eu achei que fosse me atropelar e atirei", ressaltou.

Essa versão apresentada pelo réu também foi negada pela Perícia, que apontou que os tiros foram disparados de perto.