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Capital

Em local de atropelamento, velocidade é causa constante de acidentes

Nesta madrugada, Lucas Henrique foi atropelado ao atravessar a faixa de pedestre

Geisy Garnes e Mirian Machado | 25/11/2017 09:11
Acidente aconteceu no cruzamento entre a Ceará e Euclides da Cunha (Foto: Marcos Ermínio)
Acidente aconteceu no cruzamento entre a Ceará e Euclides da Cunha (Foto: Marcos Ermínio)

Ponto constante de acidentes, sempre ligados a velocidade e a imprudência. Foi assim que comerciantes definiram o cruzamento entre as ruas Ceará e Euclides da Cunha, local em que Lucas Henrique Souza Matheus, de 21 anos, foi atropelado na madrugada deste sábado (25) pelo acadêmico de medicina Rodrigo Santos Augusto.

Segundo um comerciante da região, que preferiu não se identificar, até mesmo de dia a Rua Ceará, um das principais vias de Campo Grande, vira uma verdadeira pista de corrida. “Aqui tem onda verde, então os motoristas voam”, contou o homem de 30 anos. Na via a velocidade permitida é de 50 km/h.

De noite o problema se torna ainda pior com o desrespeito a sinalização. “Todo mundo furo o semáforo. Toda noite tem batida aqui”, lembra. Para o comerciante a solução é a instalação de um radar na via. “Campo Grande só se resolveu com radar”, destacou.

Funcionária de um estabelecimento localizado próximo ao cruzamento, a jovem de 29 anos, que também não quis se identificar, afirma que em menos de um ano duas vítimas de acidente tiveram membros amputados nas colisões no local. “Enquanto ninguém morrer aqui, ninguém vai fazer nada”, lamentou.

Para ela, é fácil perceber todos os tipos irregularidades dos motoristas no cruzamento. “Quem vem na Ceára, no sentido bairro, não pode virar na Euclides da Cunha, mas sempre viram”, explicou. Além disso, velocidade e álcool, segundo a mulher, são problemas constantes. “Essa conveniência está sempre cheia, é um perigo isso aqui”. 

Em local de atropelamento, velocidade é causa constante de acidentes

Atropelamento - O atropelamento aconteceu em frente a uma conveniência 24 horas localizada na Rua Euclides da Cunha. De acordo com o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, Lucas e um grupo de jovens saíam do estabelecimento e atravessavam a via na faixa de pedestre quando houve o acidente.

“Os outros jovens perceberam a aproximação do carro, mas a vítima não”, relatou o delegado. Lucas foi atingido pelo HB20 conduzido pelo acadêmico de medicina, que seguia em direção a Avenida Afonso Pena, e chegou a ser arremessado por alguns metros. Ele foi socorrido e levada para a Santa Casa.

Ainda segundo o delegado, os socorristas precisaram reanimar o jovem antes de levá-lo ao hospital, onde ele permanece internado. Segundo a assessoria da unidade, Lucas está internado na área vermelha, sedado e entubado. O jovem sofreu TCE (Traumatismo cranioencefálico) grave e está em observação no setor de neurocirurgia. Ele ainda sofreu uma fratura na perna e tórax.

O autor do atropelamento permaneceu no local, foi submetido ao teste do bafômetro que constatou mais de 0,80 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões, por isso acabou preso em flagrante. Por imagens de câmeras de segurança, a polícia apurou que o semáforo está verde para o jovem, mas o caso é investigado. "O que percebemos é que os dois estavam distraídos". 

Preso o acadêmico explicou a polícia que está se formando e voltava da sua festa de conclusão do curso. Ao delegado o rapaz de 25 anos contou que como mora perto e achou que não teria problema ir para casa dirigindo. A polícia analisa imagens das câmeras de segurança da conveniência. 

Delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro (Foto: Marcos Ermínio)
Delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro (Foto: Marcos Ermínio)
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