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Capital

Em protesto contra MP de Bolsonaro, fila de banco “dobra esquina”

Paralisação dos bancários atrasou em 1h a abertura das agências bancárias em Campo Grande

Izabela Sanchez e Clayton Neves | 21/11/2019 12:09
Em protesto contra MP de Bolsonaro, fila de banco “dobra esquina”
Fila na Agência da Caixa passa da Rua 13 de maio para a Rua Marechal Cândido Mariano (Foto: Marcos Maluf)

Em protesto contra a MP (Medida Provisória) 905/2019 – editada pelo governo Bolsonaro – paralisação dos bancários fez com que a fila, em uma das agências de Campo Grande, dobrasse a esquina na região central no final da manhã desta quinta-feira (21). Em uma das agências da Caixa Econômica Federal, a linha acumulou, aproximadamente, 100 pessoas.

A fila passava da Rua de 13 de maio para a Rua Marechal Cândido Mariano. Outros bancos na mesma região também registraram filas, a exemplo do Itaú - aproximadamente 20 pessoas - e Bradesco.

Os bancários atrasaram a abertura das agências em 1h, protesto contra a MP que aumenta a carga horária de trabalho, entre outras alterações vistas como precarização pela categoria. A medida já é chamada de “minirreforma trabalhista”.

Presidente do Sindicato dos Bancários, Neide Rodrigues disse que a paralisação foi definida em assembleia, ocasião em que os bancários discutiram os impactos da MP. Ainda nesta quinta-feira, às 18h, plenária do sindicato vai discutir as medidas jurídicas.

“Hoje é um dia de luta nacional, é preciso passar as informações, é uma medida que está assustando todo mundo”, comentou a presidente. A categoria acusa os banqueiros e acionistas do setor de terem “atropelado” convenção coletiva e, ao pedirem as medidas, serem atendidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Agora os bancários procuraram o governo em decisão unilateral porque não teve conversa com a categoria. Os bancos lucram mesmo em tempos de crise”, acusou a presidente.

Neide afirma que a ampliação do trabalho com possibilidade de jornada aos fins de semana e feriados representa retrocesso nas relações trabalhistas e afirma que os bancários já costumam estender as horas de trabalho, de 6h para 8h, para cumprir as metas exigidas pelas empresas.

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