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Capital

Em protesto, pais cobram lei que obriga escolas a aceitarem autistas

Jéssica Benitez | 01/09/2013 12:16
Manifestação pede respeito aos direitos de pessoas com autismo (Foto: João Garrigó)
Manifestação pede respeito aos direitos de pessoas com autismo (Foto: João Garrigó)

Pais e amigos de crianças autistas reuniram-se no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a rua 13 de maio, no Centro de Campo Grande, para reivindicar que a Lei 12.764, sancionada em 27 de dezembro de 2012, saia efetivamente do papel. Ela institui a Política Nacional de Proteção aos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

Entre os artigos principais, está a obrigatoriedade de escolas públicas e privadas receberem crianças com autismo, independente do nível do transtorno, a inclusão destas pessoas no mercado de trabalho, bem como o acompanhamento multiprofissional na saúde e o acesso aos medicamentos e nutrientes necessários.

Para se ter ideia da dificuldade enfrentada por familiares de crianças com autismo basta conhecer o caso da jornalista Carolina Alves Correa. Ela tem dois filhos autistas, ambos com seis anos de idade, e já teve a matricula das crianças negada por seis escolas particulares na Capital.

“Eles alegam que não têm capacitação para recebê-los”, explicou. Depois de tantas negativas, ela conseguiu colocar um em uma escola municipal e o outro em instituição de ensino particular. Mesmo assim, ambas as escolas não ensinam as crianças de forma adequada.

“Já tive que custear curso para professoras, além disso, eles pensam que podem inseri-los na escola colocando uma estagiária para tomar conta deles. É como se a presença deles num espaço físico fosse o suficiente”, contou a mãe.

O presidente do CREA/MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul), Jary de Carvalho e Castro, estava no manifesto. “Independente de vetos, o importante agora é que se faça uma análise profunda e que a lei comece a funcionar”, avaliou.

Para mobilizar quem passava pelo cruzamento, os manifestantes esperavam os carros pararem no sinal vermelho, distribuíam fitinhas azuis e exibiam faixas com explicações sobre a reivindicação.

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