Empresa fecha ponto de ônibus com tapumes e deixa usuários na chuva
Há pelo menos uma semana, os usuários do transporte coletivo, que costumam aguardar o ônibus na avenida Afonso Pena, entre a rua Alagoas e a Goiás, perderam o espaço no ponto de ônibus para os tapumes de uma construção.
A espera pelo coletivo, antes feita no assento e sob o abrigo da chuva e do sol, agora é feita em pé, e em uma parte estreita da calçada.
Indignados, os usuários defendem o espaço do ponto de ônibus como área pública, que não poderia ser fechada. “Isso é um absurdo. A empresa que está fazendo essa obra não poderia ter fechado o ponto”, diz a estudante de administração Jéssica Gomes, 20 anos.
A jovem espera que providências sejam tomadas com urgência. “Agora temos que esperar na chuva ou no sol, e nem podemos sentar”, disparou.
O encarregado pela obra, Luiz Gonzaga, disse na manhã de hoje (1) que se trata de um prédio comercial. Na versão dele, o proprietário já pediu junto à Prefeitura, que o ponto de ônibus seja transferido para outro local na avenida.
“Aqui vai ser um estacionamento. Os tapumes foram colocados para a proteção das pessoas que ficam no ponto. Pode voar fagulhas de solda ou qualquer outra coisa”, justifica Luiz.
De acordo com a assessoria da prefeitura de Campo Grande a Agetran informa que o tapume não poderia ser colocado isolando o ponto de ônibus, que será removido ainda nesta semana.
"O correto seria aguardar a remoção do ponto ou contornar o mesmo, respeitando o código de obras da Capital, que determina um espaço para circulação do pedestre. Se a calçada tiver dois metros de largura é preciso respeitar ao menos um metro para os pedestres. Sempre a metade do espaço existente."
A prefeitura garante que Semadur vai realizar uma vistoria no local para verificar a situação. "Se for verificado irregularidade, o proprietário será notificado", informa a assessoria.