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Capital

Empresário alega ser “sócio” da Solurb e que buscava acordo financeiro

Michel Faustino | 17/11/2014 19:50

O empresário Thiago Verrone de Souza denunciado por suposto crime de extorsão em investigação feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço forte do Ministério Público Estadual, alega ser “sócio” do consórcio CG Solurb e o episodio seria uma tentativa de acordo financeiro por parcerias firmadas com a empresa.

Conforme a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), em julho deste ano, o empresário procurou representantes da Solurb para propor um “acordo”. Em troca de R$ 5 milhões ele desistiria das ações movidas contra a empresa que apontam eventuais irregularidades cometidas no descarte dos resíduos no aterro sanitário e no ”lixão” da Capital.

Em sua defesa, Verrone sustenta que em 2011 firmou contrato com a Vega, empresa responsável pelo serviço de coleta de lixo na época, e com a Repram Reciclagem e Preservação, a qual foi passada a ele 50% de participação do contrato.

Segundo ele, em junho do mesmo ano um novo contrato de exclusividade mutua foi firmado entre a Repram e a Financial Contrutora Industrial LTDA. A parceria previa a participação no consórcio CG Solurb, com 10% da participação destinada a Repram, que no entanto não foi compactuada.

O empresário alega que mediante as cobranças e o não repasse dos valores devidos foi procurado para negociar a sua participação na Repram. No entanto, segundo ele, representantes da Solurb procuraram o Gaeco para denunciar uma suposta extorsão omitindo o fato de existir um contrato firmado entre as partes.

“Eles procuraram o Gaeco sem mostrar que existia um contrato que determinava o repasse de 5% referente a minha participação no contrato com a Repram. Eu sentei com eles para requerer isso. Nunca tive qualquer intensão de extorquir ninguém, pelo contrário, estava acordando aquilo que me é devido”, relatou.

O “desacordo” entre as partes motivou uma série de denuncias impetradas por Thiago. Em 18 de outubro do ano passado, o juiz Amaury da Silva Kuklinski, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, acatou o pedido de Verrone e determinou a anulação da licitação do lixo de Campo Grande.

O magistrado considerou que a denúncia feita por Thiago Verrone era procedente, de que houve direcionamento no processo licitatório. A Solurb receberia R$ 1,3 bilhão da Prefeitura de Campo Grande, ao longo de 25 anos, para gestão dos resíduos sólidos na cidade.

A Prefeitura e a Solurb recorreram e a ação deve ser julgada nesta terça-feira (18).

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