Empréstimo cresce 15%, chega US$ 64,4 milhões e dinheiro vem em 2017

Prevista em projeto que está desde 2013 em trâmite, a verba do projeto Reviva Centro, criado em 2010, vem no primeiro semestre de 2017 para Campo Grande, após assinatura do convênio entre a Prefeitura e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Como o pedido do dinheiro se arrasta desde 2013, houve revisão do valor e acréscimo de 15%, passando de US$ 56 milhões para US$ 64,4 milhões.

As informações foram anunciadas em reunião, na tarde desta segunda-feira (21), entre representantes do banco e da Prefeitura de Campo Grande. O prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD), inclusive, participou do encontro.

De acordo com a responsável pela central de projetos especiais da prefeitura, Catiana Sabadin, o valor extra será usado para a construção de uma área com objetivo de melhorar a circulação de pedestres entre o Mercadão Municipal, o Horto Florestal e a Morada dos Baís.

O projeto busca revitalizar o Centro de Campo Grande, como o nome indica. A principal mudança será na Rua 14 de Julho, no trecho entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e a Mato Grosso. Algumas mudanças foram feitas desde o lançamento, uma delas é a manutenção dos estacionamentos na via e a retirada e uma das pistas.

"Estamos tirando a pista de rolamento, vamos manter os estacionamento e vamos ampliar a questão do pedestre. A ideia é um shopping a céu aberto onde as famílias possam andar com tranquilidade".

A abertura de crédito do projeto foi por meio do BID e nesta tarde representantes do banco se reuniram com secretários da prefeitura, com a equipe de transição do prefeito eleito Marquinhos Trad (PSD) e com o atual prefeito Alcides Bernal (PP). As equipes conheceram o projeto e os investimentos que serão feitos.

"Dentro do programa tem o financiamento de uma pesquisa origem/destino para revisão do plano de mobilidade, projeto piloto de habitação onde a gente quer trabalhar um conceito de habitação de fachada ativa na área central".

Ainda de acordo Catiana, a revitalização também abrange a volta de habitacional no Centro e ela conta com o ganho cambial para que pode colaborar. "O Centro está perdendo habitação e nós temos um recurso em função do ganho cambial que pode colaborar com esse projeto".

Alcides Bernal ressaltou a importância da obra e disse que o dinheiro será liberado conforme a execução. O projeto tem plano de conclusão em cinco anos, a verba vai para um fundo de investimento e conforme são feitas as prestações de contas o dinheiro será liberado.

"É a única cidade que conseguiu esse crédito junto do BID e preenchemos as exigência. Estamos em condição de fazer e vai melhorar muito a nossa cidade com investimento financeiro e cultural".

Marquinhos - O prefeito eleito participou da reunião. Disse que já sabia do projeto quando montou o plano de governo e, por isso, inseriu como meta a reurbanização da região central.

Ele garante que a obra não é uma prioridade na sua gestão, mas que não permitir que o município perca o dinheiro, já aprovado pelo Senado Federal e o BID. "Ou a gente faz um projeto que está aprovado pelo Senado ou perde. Se fosse para as Moreninhas seria lá, é que foi para a região do Centro".