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Capital

Ex-enteada de procurado por estuprar filha afirma ter sido abandonada aos 5 anos

"Ela tem uma mágoa muito grande disso", afirmou a delegada da DEPCA após jovem prestar depoimento

Liniker Ribeiro e Geisy Garnes | 17/01/2020 18:31
Delegada Franciele Candotti, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto: Marcos Maluf)
Delegada Franciele Candotti, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto: Marcos Maluf)

O depoimento da irmã das quatro crianças resgatadas pelo Conselho Tutelar após denuncia de maus-tratos, abuso e situação insalubre em residência no Jardim Tijuca, região sul de Campo Grande, revelou um cenário de abandono anterior ao nascimento dos quatro filhos do casal que hoje é procurado pela Polícia Civil. Conforme a jovem, de 20 anos, o convívio com a mãe, que é ex-esposa do serralheiro suspeito de abusar da própria filha, chegou ao fim aos 5 anos de idade.

"Ela tem uma mágoa muito grande disso", afirmou a delegada Franciele Candotti, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), após a irmã prestar depoimento, na tarde desta sexta-feira (17).

A jovem, assim como os irmãos mais velhos, deixaram a casa onde viviam com a mãe e o ex-padrasto, em Corumbá - a 419 quilômetros da Capital -, para morar em Campo Grande. As irmãs viveram na mesma casa. Já o irmão, o primeiro a se mudar, foi morar com uma outra tia após pedido do serralheiro para que ele não morasse junto com a família.

Depois disso, o contato com a mãe foi perdido. Após anos de abandono, foi a irmã, que atualmente vive com o ex-padrasto, quem esteve retornou ao município na fronteira com a Bolívia, durante período de férias, e de lá só voltou quando a família se mudou para a casa onde as quatro crianças foram recolhidas.

Por não ter tido contato com ninguém, nem mesmo a própria irmã, a jovem que prestou depoimento diz não saber se a atual companheira do ex-padrasto sofreu ou não abuso. Cinco pessoas foram ouvidas, até o momento, mas outras pessoas próximas da família devem prestar depoimento.

Investigação - Conforme a delegada Franciele Candotti, o serralheiro e a atual companheira fugiram há pelo menos duas semanas. Já a mãe das crianças recolhidas não é vista de o dia da visita do Conselho Tutelar.

Apenas o pai das crianças é considerado foragido, por conta de mandado de prisão em teu nome. A mãe será indiciada por estupro de vulnerável, como coautora. Até o momento, a polícia não sabe qual o envolvimento da irmã das crianças. Não há informações do local onde os três possam estar.

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