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Capital

Falta de exames preventivos para homens na rede pública é investigada

Procedimento apura falhas no fornecimento de exames essenciais à saúde preventiva masculina

Por Ângela Kempfer | 03/07/2025 09:15
Falta de exames preventivos para homens na rede pública é investigada
Homens em atividade de campanha contra o câncer de próstada em Campo Grande

RESUMO

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul investiga a falta de exames laboratoriais preventivos na rede pública de Campo Grande após denúncia de um paciente. A ausência inclui exames cruciais como PSA Total, TSH e sangue oculto nas fezes, comprometendo a detecção precoce de doenças masculinas.A Secretaria Municipal de Saúde atribuiu o problema a atrasos na importação de reagentes e ao recesso de fim de ano. Parte dos materiais foi entregue em janeiro, mas exames importantes seguem indisponíveis. O MPMS exigiu informações detalhadas sobre a situação e determinou o acompanhamento do caso do denunciante.

Denúncia feita por um paciente da rede pública de saúde de Campo Grande levou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul a investigar a falta de exames laboratoriais preventivos na Capital, destinados ao público masculino. O caso resultou na abertura de um inquérito civil pela 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública.

O paciente relatou à Ouvidoria do MPMS que não conseguiu realizar exames básicos em uma Unidade de Saúde da Família. Entre os procedimentos ausentes estavam o PSA Total, usado no rastreamento de câncer de próstata, o TSH, que avalia a função da tireoide, e o exame de sangue oculto nas fezes, importante para detectar neoplasias intestinais.

Após a denúncia, diligências confirmaram a indisponibilidade dos exames. Segundo a promotora de Justiça Daniella Costa da Silva, a ausência desses procedimentos compromete diretamente a atenção básica e a detecção precoce de doenças comuns entre homens. O problema estaria relacionado à falta de reagentes, causada por atrasos contratuais e logísticos da empresa responsável pelo fornecimento.

O exame de TSH chegou a ser parcialmente retomado, mas o PSA Total e o teste de sangue oculto nas fezes continuam indisponíveis. O processo de compra desses insumos ainda tramita internamente, sem prazo definido para a regularização.

Antes de procurar o MPMS, o paciente tentou resolver a situação por meio da Controladoria do SUS e do Conselho Municipal de Saúde, sem sucesso. Diante da demora, recorreu ao Ministério Público.

Em resposta à Promotoria, a Secretaria Municipal de Saúde reconheceu a falta de insumos e alegou que os atrasos ocorreram por dificuldades na importação e pelo recesso de fim de ano. Informou ainda que parte dos materiais foi entregue em janeiro e que o restante está em fase de análise dentro de um pregão eletrônico.

O MPMS exigiu da Sesau informações detalhadas sobre a quantidade de exames realizados nos últimos meses, a distribuição dos reagentes e as medidas adotadas para prevenir novas interrupções no atendimento. Também foi determinado o acompanhamento do caso do denunciante, para garantir que ele tenha acesso aos exames solicitados.

O Campo Grande News solicitou informações a Secretaria de Saúde e aguarda resposta.

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