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Capital

Falta de iluminação traz prejuízos e coloca pedestres em risco

Jéssica Benitez | 06/08/2013 09:14
Somente com "luz alta" motoristas conseguem trafegar pelo local durante a noite (Foto: Cleber Gellio)
Somente com "luz alta" motoristas conseguem trafegar pelo local durante a noite (Foto: Cleber Gellio)

Há mais de uma semana sem iluminação pública em parte da rua Aliomar Baleeiro, no Bairro Parati, o microprodutor, Raimundo Gomes da Silva, 54 anos, vê o rendimento de seu hortifruti sumir junto à escuridão. No local há mais de três anos, ele conta que é obrigado a fechar o comércio com quase duas horas de antecedência todos os dias.

“O movimento caiu 20% no período da tarde, a gente fechava por volta das 18h40, mas agora pouco depois das 17h fechamos as portas”, lamentou. Outro ponto prejudicial é a ausência de pessoas praticando atividades físicas na via. “Depois da caminhada o pessoal passava aqui para comprar as coisas, mas agora nem pra caminha aparecem por medo do escuro”, explicou.

Por ser uma trecho de preservação ambiental, a rua possui espaços imensos com terrenos cheios de árvores, espaços que podem virar esconderijo para assaltantes ou usuários de drogas. Conforme apurou o Campo Grande News, quem passa de carro pelo local à noite precisa acionar “luz alta” para não causar acidente de trânsito.

O prejuízo se estende ainda aos produtos comercializados por Raimundo. Com ajuda de outros cinco funcionários, Raimundo produz todas as folhas verdes que vende em horta própria que fica em frente ao hortifruti. O problema é que sem iluminação não é possível vigiar a plantação. “As capivaras vêm aqui à noite e acabam com tudo. Quando tem luz elas ficam com medo, mas no escuro elas andam por aqui”, contou.

Segundo o microprodutor, tudo começou quando, no dia 28, um poste poucos metros acima do hortifruti foi substituído pela Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul), desde então o trecho ficou na completa escuridão. Conforma assessoria de imprensa da Enersul a instalação de postes é responsabilidade da companhia, a iluminação pública, porém, fica por conta da Prefeitura de Campo Grande.

Mais casos – Em outro ponto da mesma localidade a situação se repete. Na Avenida Interlagos, do espaço que abrange o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) até o radar eletrônico, a escuridão predomina. Na região não há casas, mas muitas pessoas utilizam a larga calçada do campo pertencente à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) para praticar exercício físico.

Segundo o empresário Dário Wanderley Rodrigues, 35 anos, à noite local fica “um breu total” e o movimento em seu salão de beleza só não foi prejudicado porque ele fecha às 18h. “Mas as pessoas que caminham ou correm por aqui não estão mais vindo, elas percorrem só até aonde a luz chega, isso já tem quase duas semanas”, contou.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Superintendência de Comunicação da Prefeitura por e-mail, como o próprio prefeito Alcides Bernal (PP) orienta, para saber quando a iluminação pública será restabelecida, mas até o momento não obteve resposta.

Em uma semana o movimento do hortifruti de Raimundo caiu 20% por causa da escuridão (Foto: Cleber Gellio)
Em uma semana o movimento do hortifruti de Raimundo caiu 20% por causa da escuridão (Foto: Cleber Gellio)
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