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Capital

Família perde esperança e busca por corpo de criança sumida há 27 dias

Quase um mês após desaparecimento, tia afirma que não espera mais encontram Kauan vivo

Guilherme Henri e Yarima Mecchi | 22/07/2017 09:20
Mãe de Kauan acompanha buscas por corpo no Rio Anhanduí na manhã de hoje (22) (Foto: Marcos Ermínio)
Mãe de Kauan acompanha buscas por corpo no Rio Anhanduí na manhã de hoje (22) (Foto: Marcos Ermínio)

Desaparecido há quase um mês, familiares de Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, disseram que já não têm mais esperanças de encontrar o menino vivo. Ele sumiu no dia 25 de junho depois de ter jogado bola com mais dois amigos, no bairro Cophavilla, em Campo Grande.

Sua família acompanhou na manhã deste sábado (22), as buscas pelo corpo de uma criança, no Rio Anhanduí, que segundo a polícia poderia ser do menino. 

Abalada, a tia de Kauan, Irene Andrade, 42 anos, disse que a família quer acabar logo com a angústia da busca. “Ele não costumava desaparecer assim. Uma vez o levei para dormir em casa e depois precisei devolvê-lo a minha irmã, pois Kauan não conseguiu dormir”, desabafa.

Segundo ela, muitas pessoas alimentam a esperança da família quando enviam informações de que viram o menino em algum lugar, o que acaba provocando mais sofrimento, quando eles descobrem que não passam de boatos infundados. “Queremos justiça para quem fez isso com ele”, afirma ela, sobre a possibilidade do corpo que os militares procuram no rio ser de seu sobrinho.

Ainda de acordo com Irene, inicialmente a família não tinha sido avisada pela polícia sobre as buscas e reclamou da falta de informação sobre o caso. “Estamos no escuro”, diz.

Mãe e tia de Kauan durante as buscas nesta manhã (Foto: Marcos Ermínio)
Mãe e tia de Kauan durante as buscas nesta manhã (Foto: Marcos Ermínio)
Militares buscam por corpo de menino no Rio Anhanduí (Foto: Marcos Ermínio)
Militares buscam por corpo de menino no Rio Anhanduí (Foto: Marcos Ermínio)

A mãe de Kauan também está no local, mas não conseguiu conversar com a reportagem devido ao seu estado emocional. Conforme militares, a mulher recusou todo apoio psicológico que o Estado ofereceu.

Caso – A informação sobre o suposto corpo foi passada ao delegado por um suspeito, que estava preso na delegacia e confessou ter matado uma criança há alguns dias e atirado o cadáver em trecho do rio na avenida Thirson de Almeida, continuação da Ernesto Geisel.

Ontem inclusive ele foi levado ao local. Ao Campo Grande News, por telefone o delegado Paulo Sérgio Lauretto, havia dito anteriormente que "existe a possibilidade" do corpo ser do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, desaparecido desde o dia 25 de junho. A família, entretanto, não recebeu nenhuma informação até agora.

Buscas – As buscas iniciaram na tarde de sexta-feira (21), no rio Anhanduí, na região do bairro Aero Rancho, em Campo Grande, foram retomadas na manhã de hoje por bombeiros, policiais civis e militares, mas encerradas cerca de quatro horas depois.

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