Feira volta a funcionar com medidas de segurança, mas movimento ainda é tímido
Feira reabriu com barreira sanitária nas duas entradas, distribuição de máscaras para idosos e nutricionista de plantão
Depois de quase 30 dias fechada a Feira Central, ponto turístico queridinho do campo-grandense, voltou a funcionar neste sábado (11), mas adotando medidas de prevenção ao novo coronavírus.
Barreiras sanitárias foram montadas nas duas entradas da feira, na Avenida Calógeras e na Rua 14 de Julho. Cada frequentador tem a temperatura medida com termômetro, recebe álcool em gel nas mãos e aos idosos também estão sendo entregues máscaras.
As barreiras estão sinalizadas com organizadores de fila e indicação com o distanciamento mínimo entre os moradores enquanto aguardam para serem avaliados. Nos restaurantes as mesas também está dispostas conforme determina os decretos municipais, mas apesar do reforço na segurança sanitária o movimento ainda é tímido.
A expectativa dos comerciantes é de que o fluxo se normalize nos próximos dias e assim, eles possam recuperar o prejuízo. A Feira Central estava fechada desde o ultimo dia 17 de março, quando a pandemia pegou a todos os empresários de surpresa.
“Já estávamos passando por um período de crise então ninguém estava preparado para essa suspensão completa do atendimento”, comentou Carlos Melo, um dos administradores do centro comercial.
Durante o período em que a feira esteve fechada alguns poucos restaurantes continuaram atendendo ao público por delivery.
“Mas estávamos precisando que reabrisse porque já tinha gente passando necessidade e com falta de alimento em casa. Se o proprietário do estabelecimento estava reclamando, imagine os funcionários?”, questiona Carlos.
A feira está aberta desde às 11h e conforme Carlos até o início desta noite, atingiu cerca de 40% do movimento normal para um sábado.
Dono de um box há 3 anos na feira, Flavio de Oliveira, de 27 anos, também ressalta que a pandemia agravou a crise no local e diz que chegou a depender de cesta básica para se alimentar.
“Quando suspendeu o atendimento eu tinha apenas R$ 300 de troco no caixa. Foi o dinheiro que usei para me manter nesses dias, mas na última semana ‘apertou’ bastante. Estou com a esperança de que agora melhore a situação com a feira aberta”, comenta.
A pensionista Liana Menezes, de 70 anos, é cliente assídua da feira e está animada com a reabertura. Ela mora na região do entorno da Feira Central há cerca de 30 anos.

“Venho toda a semana para comprar verduras, desde antes dela mudar para este endereço. Nesse período em que a feira ficou fechada até parei de comprar. Só comia comida pronta”, contou.
A pensionista é do grupo de risco da doença, levou a própria máscara de casa e elogiou as medidas de segurança sanitária. “É ótimo para preservar a nossa vida”, disse.
Além das barreiras a administração da Feira Central também contratou uma nutricionista para garantir o cumprimento das regras de higiene entre os comerciantes.
A profissional Arlene Vasques fiscaliza se os alimentos estão sendo manuseados de forma correta, se os comerciantes estão usando máscaras, luvas e mantendo o distanciamento mínimo entre as mesas e a higiene dos locais de alimentação. “Todas as pessoas precisam trabalhar apesar dessas circunstâncias”, concluiu Arlene.
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