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Capital

Fumaça em área do aeroporto não dá trégua após 2 dias do incêndio

O fim de semana foi complicado para quem mora na região oeste de Campo Grande e teve a casa invadida pela fuligem

Alana Portela | 08/02/2021 12:46
Fumaça em área do aeroporto não dá trégua após 2 dias do incêndio
A área do Aeroporto Interncaional de Campo Grande que foi queimada pelo incêndio do fim de semana. (Foto: Marcos Maluf)

A fumaça e sujeira provocadas pelo incêndio no sábado (6) na área do Aeroporto Internacional de Campo Grande ainda prejudicam os moradores do bairro Nova Campo Grande.  O fogo foi contido, mas a situação assusta e tem tirado o sossego de quem vive na região oeste da Capital.

Na manhã de hoje (8), o Campo Grande News esteve no local, onde ainda era possível ver fumaça. Perambulando pela rua, ainda foi possível ver os moradores do bairro limpando as residências, lavando a varanda e estendendo a roupa no varal.

"Estou grávida de dois meses e tive que aguentar a situação até a madrugada de hoje, quando o fogo parou. Os Bombeiros falaram que só poderiam monitorar o local porque a região é da infraero.  Queremos providência porque não faz bem ficar inalando essa fumaça e está complicado respirar", disse a dona de casa, Sirlene Aparecida Freitas, 45 anos.

Ela mora no bairro há dois meses, em frente a área que foi tomada pelo fogo nos últimos dois dias. Além da fumaça, o calor também tem prejudicado Sirlene que afirma não ter nenhum tipo de produto para hidratar a pele por conta da gravidez. "Minha pele está sensível, vermelha".

Fumaça em área do aeroporto não dá trégua após 2 dias do incêndio
Sirlene Aparecida Freitas reclama da dificuldade de respirar por conta da fumaça. (Foto: Marcos Maluf)

O administrador Wesley Messias Oliveira, 33 anos, relatou à reportagem que chegou a passar mal por conta do incêndio. "Está incomodando muito, sofro com alergias e ainda tenho um bebê de três meses que também está sofrendo com essa situação. Está desagradável, queremos providências", destacou.

Indignado, o morador cobra um posicionamento até mesmo da Polícia Ambiental. "Se é a gente colocar fogo num mato, somos multados, mas cadê as providências em relação ao fogo dessa proporção?".

Por conta da fuligem, a dona Maria Jodeci Santos, 58, já perdeu as contas de quantas vezes precisou limpar a casa onde mora há 5 anos. "Só no sábado limpei duas vezes e agora continuo a limpar porque tenho alergia, não dá para deixar sujo. A fumaça está me sufocando muito, fico com falta de ar. Ainda tô com medo do fogo voltar e acabar chegando na minha casa".

Fumaça em área do aeroporto não dá trégua após 2 dias do incêndio
Sérgio Marcos Rezende de Aquino reclama da sujeira em casa. (Foto: Marcos Maluf)

O motorista Sérgio Marcos Rezende de Aquino, 33, relata que chegou em casa ontem por volta das 22h, momento que a fumaça tinha tomado conta da região. "Minha residência está fedendo, o cheiro está nos incomodando. A fuligem sujou tudo, temos que deixar as portas e janelas fechadas para não entrar mais sujeira, porém é preciso abrir para o cheiro sair. Isso está incômodo", declarou.

A assessoria da Infraero foi procurada pelo Campo Grande News, mas não enviou informações até o momento.

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