Grávida que teve o corpo queimado pelo marido continua sem previsão de alta
A mulher de 28 anos, grávida de três meses, que teve 40% do corpo queimado com solvente no dia 12 deste mês, no bairro São Conrado, em Campo Grande, continua internada na enfermaria da Santa Casa, sem previsão de alta.
Conforme informações da assessoria de imprensa hospital, a mulher está consciente e orientada em observação e sob tratamento na enfermaria, mas sem previsão de alta. Ela foi queimada nas pernas e nos braços. A filha do casal, de 1 ano e 3 meses, também foi atingida e sofreu queimaduras de 2º graus no pés, mas já foi liberada na tarde da última quarta-feira (19).
O marido da vítima, Maggayver Corrêa Gonçalves, 32 anos, confessou o crime e está preso depois de audiência de custódia. Segundo a delegada Jeniffer Estevam de Araújo, responsável pelo caso, Maggayver disse que está arrependido. Ele fazia bife na chapa e segurava recipiente plástico com combustível e isqueiro nas mãos, quando jogou o líquido na mulher e ateou fogo após uma discussão. O motivo da briga não foi informado. O casal está juntos há seis anos.
Maggayver, que não tem passagem pela polícia, afirmou que não teve a intenção de atingir a filha, pois a bebê não estava no colo da mãe. Versão diferente da que foi contata pela vítima. Ela disse que amamentava a criança quando foi atingida. Após o crime, o marido tentou socorrer a vítima e a tirou para fora da residência. Um dos cômodos foi destruído pelo fogo. A estrutura da residência ficou comprometida.
O autor vai responder por tentativa de feminicídio e incêndio.