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Capital

Greve dos bancários em Campo Grande começa nesta terça-feira

Nyelder Rodrigues | 17/09/2012 19:54

Greve terá tempo indeterminado. A Capital conta com 2 mil bancários e 140 agências

A partir da meia-noite, os bancários de Campo Grande entram em greve por tempo indeterminado. Atualmente, a Capital conta com cerca de 2 mil profissionais da área, distribuídos em 140 agências.

Nesta segunda-feira (17), os últimos detalhes da paralisação foram acertados durante a assembléia geral da categoria, realizada pelo Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região.

Conforme a presidente do sindicato, Iaci Terezinha Rodrigues de Azamor Torres, a greve só acaba a partir do momento que a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) apresentar uma proposta que, depois de avaliada, seja aprovada pela categoria.

A manifestação ocorre também em várias outras cidades do país. Apesar disso, nem todos os bancários do Mato Grosso do Sul estão envolvidos. “Esta terça será o primeiro dia. Esperamos ganhar maior adesão e assim irmos também para o Interior. Por enquanto, nossa base é apenas Campo Grande”, explicou Iaci.

Já quanto à adesão na Capital, a presidente do sindicato também apontou algumas dificuldades. “Muitos bancários sofrem muita pressão e assédio dos bancos. Houve até reuniões internas marcadas pelos gerentes nos bancos contra a greve”, conta.

“Há pessoas que durante a greve ficam trabalhando de casa, por telefone, e os bancos continuam fazendo negócios. Nossa intenção é que eles também venham para frente das agências para protestar. Não faz sentido parar o atendimento para prejudicar os clientes. Queremos que os bancos sintam o reflexo da nossa paralisação”, afirmou Iaci Terezinha.

Ainda de acordo com Iaci, como vários serviços bancários foram automatizados, como a devolução de cheques, não sendo mais necessário que haja efetivo mínimo para manter serviços essenciais.

O tamanho do reflexo econômico e logístico que a greve pode atingir na Capital ainda não foi mensurado pelo sindicato, mas já é tido previamente como considerável, mesmo estando na segunda quinzena do mês, período de menor movimentação. “É época de fechamento de metas, e algumas agências podem não conseguir batê-las”, comenta a presidente do sindicato.

Reajuste - A decisão de uma greve nacional veio após os sindicados considerarem insuficiente a proposta dos bancos apresentada no dia 28 de agosto, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais, o que significa, segundo a categoria, aumento real de 0,58%.

Novas negociações foram feitas posteriormente, porém, sem consenso entre as parte. Sendo assim, ficou definido pelo Comando Geral de Greve a orientação para os sindicatos de darem encaminhamento a greve.

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