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Capital

Greve dos professores da Reme atinge menos de 50% das escolas

Antonio Marques | 10/06/2015 17:57
Na Escola Municipal Geraldo Castelo, os 545 alunos estão com aula normal. Os professores decidiram não aderir a greve, como quase 50% da Reme. (Foto: Marcelo Calazans)
Na Escola Municipal Geraldo Castelo, os 545 alunos estão com aula normal. Os professores decidiram não aderir a greve, como quase 50% da Reme. (Foto: Marcelo Calazans)
A diretora Priscila Rodrigues de Souza disse que a decisão de não aderir à paralisação foi democrática e a maioria venceu no voto. (Foto: Marcelo Calazans)
A diretora Priscila Rodrigues de Souza disse que a decisão de não aderir à paralisação foi democrática e a maioria venceu no voto. (Foto: Marcelo Calazans)

Conforme o levantamento da Prefeitura apenas 47,8% das escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) aderiram à greve dos professores e 36,1% estão com aula normal; 14,9% estão funcionando parcialmente. Agora, considerando as unidades que a adesão foi parcial ao movimento, o percentual chega a 62,7%, índice parecido com o informado pela ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais em Educação), que é de 68% paradas (total e parcial).

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, dos 94 estabelecimentos de ensino, 45 aderiram a greve; 14 funcionando parcialmente e 34 estão com aulas normais. É o caso da Escola Municipal Jorge Castelo, localizada na Vila Castelo, na região do Bairro Monte Líbano, que os 42 professores decidiram em votação não aderir à paralisação.

A escola atende 545 alunos, em 24 turmas, de manhã e à tarde, do pré II ao 5º ano do ensino fundamental. Na pré-escola são 78 crianças de quatro anos de idade. Dos 42 professores cerca de 10 são convocados. Para diretora, Priscila Rodrigues de Souza, que está há dois anos na função, os educadores entraram em um entendimento e não quiseram aderir ao movimento. “A decisão dos professores foi em favor da comunidade escolar. Temos alunos pequenos e a maioria preferiu manter as aulas”, comentou.

Segundo Priscila, apenas três professores votaram a favor da greve, mas aceitaram a decisão da maioria democraticamente, “que entenderam as reivindicações importantes, mas não suficientes para paralisassem as atividades. Não houve briga, mas respeito e entendimento dos profissionais”, afirmou. Com isso, a comunidade seguiu o calendário letivo e as ações já tradicionais na escola foram mantidas, como a festa junina.

A diretora deixou claro que todos na escola apoiam a mobilização da categoria e acham justas as reivindicações, apenas preferiram seguir a vontade da maioria dos educadores. “Parece que nossa escola não é a única a estar em funcionamento. Parece que 50% estão em sala de aula”, lembrou.

Para o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves Alves, o quadro de paralisação está estacionado. Cerca de 68% das escolas estão em greve. “Hoje visitamos 10 escolas, sete estavam paradas e três funcionando”, contou. Para ele, o fato de a greve durar mais de 15 dias não afetou o índice de paralisação.

Na tarde de hoje, houve uma assembleia no sindicato para analisar a resposta da Prefeitura, mas como não houve retorno do Executivo municipal foi marcada nova reunião para esta quinta-feira, as 16 horas. “Esperamos a resposta da Prefeitura para amanhã, como nos disse o secretário (Wilson do Prado)”, revelou Geraldo Alves.

O secretário de Administração Wilson do Prado, que também é o interino da Educação, declarou na tarde de hoje, durante depoimento à CPI das Contas Públicas, na Câmara Municipal, que deve apresentar resposta aos professores até amanhã.

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