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Capital

Homem vai à polícia e diz que foi agredido por guarda municipal

Priscilla Peres e Viviane Oliveira | 14/09/2014 09:25
Ederson diz ter sido agredido por um guarda municipal na madrugada. (Foto: Pedro Peralta)
Ederson diz ter sido agredido por um guarda municipal na madrugada. (Foto: Pedro Peralta)

Um homem de 31 anos diz ter sigo agredido fisicamente por um guarda municipal na madrugada de hoje, porém ao ir na delegacia de Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência do crime, recebeu proposta para não fazê-lo.

Visivelmente machucado, Ederson Ibanhes Garcia, 31, foi até o plantão policial no início da manhã de hoje para registrar um boletim de ocorrência de lesão corporal contra um guarda municipal, que o agrediu durante a madrugada. Ambos estavam na delegacia quando a reportagem chegou, mas o guarda municipal não quis se manifestar sobre o caso.

O caso aconteceu por volta das 3h, quando Ederson que trabalha em um curtume, voltava para sua residência após sair do trabalho. Ele foi até a Vila Popular dar carona a um amigo, o deixou em casa e ao seguir o caminho se deparou com uma briga de casal no meio da rua.

Ele parou para ver o que estava acontecendo e uma conhecida sua que estava no local pediu para que ele ajudasse a separar a briga entre marido e mulher. Ederson disse "eu não me meto na briga de marido e mulher", mas quando um filho do casal entrou no meio dos dois para tentar defender a mãe e foi jogado no asfalto pela mães, desceu do carro e separou a briga.

Ederson diz ter pego a mulher e a levado, de carro, até um pelotão da polícia próximo ao local. Ao chegar lá, a esposa do guarda municipal pediu para que ele voltasse ao local da briga para buscar a amiga em comum dele com o casal, para lhe fazer companhia na polícia.

Na volta, Ederson foi abordado pelo guarda municipal que estava em uma motocicleta, e com uma arma pediu para que ele descesse do carro e deitasse no chão. Ederson diz ter levado um chute neste momento e então se iniciaram as agressões. "Não reagi primeiro por que ele estava armado e segundo por que me abordou dizendo que era Policial Militar", disse.

Em meio as agressões, um dos moradores da região ouviu o movimento e pediu para que o guarda municipal parasse, dizendo que era militar. "Nesse momento ele se assustou e parou de bater, mas o cara era militar da Base Aérea, não policial", explica Ederson, que em seguida foi para o Posto de Saúde da Vila Almeida receber atendimento médico.

Ao sair do posto de saúde, Ederson foi para a delegacia registrar o boletim de ocorrência, mas encontrou o guarda lá. "Ele pediu para eu não fazer o b.o, por que ele ia ser prejudicado no trabalho. Ofereceu o pagamento dos remédios e da diária do trabalho para eu não fazer", disse.

Até o fechamento desta matéria, o boletim de ocorrência não havia sido registrado.

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