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Capital

Igreja que surgiu com a busca de cura para doença completa 100 anos

Ricardo Campos Jr. | 17/05/2015 07:23
Igreja adventista sede em Campo Grande, que atualmente passa por reformas. (Foto: Marcos Ermínio)
Igreja adventista sede em Campo Grande, que atualmente passa por reformas. (Foto: Marcos Ermínio)

Com trajetória que ajudou a “colocar Campo Grande no mapa”, a Igreja Adventista do Sétimo Dia comemora 100 anos de atuação em Mato Grosso do Sul com trabalho voltado à educação, saúde e assistência social.

Apesar do movimento adventista ter nascido, oficialmente, nos Estados Unidos há 150 anos, as origens da congregação no Estado se cruzam com a descoberta de um tratamento para o pênfigo. Aqui, foi criado hospital referência nessa área e que ajudou a atrair pessoas de outros lugares para a cidade em busca da cura, inédita na época.

Um dos pioneiros da comunidade em Campo Grande foi o pastor Alfredo Barbosa, que peregrinou em busca de um tratamento para a esposa Áurea Barbosa, que sofria de Pênfigo. Depois de percorrer outros estados e países, conseguiu a resposta em um remédio a base de piche e enxofre obtido com um farmacêutico argentino frustrado por não poder exercer a medicina.

Para ajudar outras pessoas, ele montou uma pequena estrutura a partir de um terreno doado na saída para Sidrolândia. A história então se entrelaça com a do médico missionário alemão Günter Hans, que ajudou a melhorar e impulsionar a instituição. Hoje até mesmo o tratamento já é feito com outras substâncias menos tóxicas a base de hidrocarbonetos não cancerígenos usada como tratamento complementar.

Presença no Estado - O pastor Samuel Bruno conta que hoje a Igreja Adventista do Sétimo Dia em Mato Grosso do Sul conta com cerca de 20 mil membros e, com a criação da congregação em Inocência no ano passado, está presente em todos os 79 municípios do estado.

“O principal objetivo da igreja hoje é crescer em membro, aumentar o numero de adventistas no estado”, relata. Segundo ele, além da saúde, a comunidade foca na educação com uma rede de sete escolas, sendo duas em Campo Grande e uma em Mundo Novo, Dourados, Nova Andradina e Corumbá.

Diferença - “Temos focado em atividades que envolvam a sociedade para sermos uma igreja presente na própria cidade. Nós temos um lar para crianças vítimas de violência e todas as congregações têm áreas voltadas para a assistência social. Porém, a ideia não é ter apenas projetos para pessoas carentes, mas ensino profissionalizante e atendimento à família. Queremos ser uma igreja lembrada não apenas pelos cultos. Queremos abrir as portas”, completa.

Programação – O pastor explica que a partir do próximo domingo até o sábado haverá diversos eventos para marcar o aniversário da comunidade em Campo Grande. Todas as noites, segundo ele, haverá palestras no Parque Ayrton Senna voltado aos fiéis e outras pessoas que desejarem participar.

No domingo, as atividades incluem a segunda edição da corrida Vida e Saúde. Foram 1,3 mil inscritos divididos em duas modalidades: 5 e 10 km. Haverá distribuição de R$ 20 mil em prêmios. A largada será feita nos altos da Afonso Pena, na Cidade do Natal. No local haverá uma feira sobre saúde.

Do dia 18 ao dia 22, serão feitas blitze educativas das 6h às 9h voltadas à promoção de saúde da população. Haverá quatro pontos de contato com a população: no Trevo Imbirussu e nos cruzamentos da Calógeras com Afonso Pena, Ceará com Mato Grosso, Treze de Maio com Afonso Pena e Calógeras com Fernando Corrêa da Costa.

Na segunda, o tema vai ser o benefício da água para a saúde. Quem participar receberá um copo com o slogam dos 100 anos da igreja. Na terça, serão distribuídas frutas em alusão à alimentação saudável. Na quarta, será a vez de uma mini campanha antitabagismo, quando cigarros serão trocados por balas. Na quinta, será a vez de benefícios e malefícios da exposição ao sol, com entrega de viseiras. Na sexta, será abordada a confiança em Deus. Nesse dia haverá grupo fazendo orações com as pessoas.

História da igreja se cruza com a descoberta de tratamento para pênfigo. (Foto: Marcos Ermínio)
História da igreja se cruza com a descoberta de tratamento para pênfigo. (Foto: Marcos Ermínio)
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