ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SÁBADO  04    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Infecção piora quadro de bebê que nasceu de mãe com morte cerebral

Nyelder Rodrigues e Luana Rodrigues | 03/04/2017 19:53

O bebê Yago, que nasceu prematuramente com seis meses de gestação, após a mãe dele ser mantida dois meses por aparelhos, já que tinha morte cerebral constatada, segue internado na Santa Casa e o estado dele é grave.

De acordo com a assessoria do hospital, o bebê teve uma complicação da noite de sábado (2) para domingo (2), já que adquiriu uma infecção da mãe. Esse problema, aliados às complicações da prematuridade, agravaram o quadro.

No momento, Yago está entubado e na incubadora. Porém, diferente do domingo, auge do problema, quando a situação dele era considerada bastante instável, agora ela já está estabilizada, informa a Santa Casa.

A criança está com outras na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) Neonatal da Santa Casa, onde a mãe, Renata Souza Sodré, de 22 anos, foi mantida por aparelhos para que a gestação pudesse continuar. O parto também aconteceu lá, na sexta-feira (31). Yago é o mais novo de todos internados na UTI.

Na incubadora, o bebê recebe cuidados especiais, permanecendo com os olhos cobertos por tampões, recebendo oxigênio úmido e um tipo de tratamento baseado em luz artificial. O menino é pequeno, tem só 34 centímetros e 1,05 kg. A expectatia era de que ele fosse liberado para ver luz a partir dessa semana.

Caso – O caso de Renata e Yago é inédito em Mato Grosso do Sul e foi marcado por troca de informações com médicos do Espírito Santo e Portugal, onde houve situação similar. Com a morte encefálica da paciente, o nascimento do bebê era uma aposta de alto risco.

"É muito difícil um caso como esse porque além do risco de morte, tem o risco de infecção. Tudo compromete a viabilidade do nascimento dessa criança", afirmou a médica Patrícia Berg Leal, responsável pela UTI, em entrevista ao Campo Grande News em 2 de março, quando o parto ainda não tinha sido realizado.

Após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 27 de janeiro, Renata teve a morte cerebral constatada por dois exames clínicos mais exame de imagem. Os exames também apontaram que o feto vivia e entrava na 17ª semana.

O marido Eduardo Noronha, de 25 anos, contou que Renata nem sabia o sexo da criança, pois, na última vez que ela pôde acompanhar o exame, não foi possível saber se viria menino ou menina. Porém, ela já havia escolhidos os nomes.

Nos siga no Google Notícias