Inquilina que matou homem a facadas é condenada a 11 anos de prisão
Anderson Manoel da Silva foi assassinado no dia 8 de setembro de 2024 durante bebedeira
RESUMO
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Jocassia da Cruz Xavier foi condenada a 11 anos de prisão em regime inicial fechado pelo homicídio de Anderson Manoel da Silva. A mulher era inquilina da vítima, que foi assassinada com 6 facadas no dia 8 de setembro de 2024, em uma casa na Rua Oreade, bairro Moreninha III, em Campo Grande.
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Jocassia foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a mulher consumia bebidas alcoólicas e drogas com a vítima e mais dois homens. Em certo momento, ela e Anderson passaram a discutir por conta de uma dívida de aluguel que estava em atraso.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença acolheu as teses de privilégios de domínio da violenta emoção e relevante valor moral, acreditando na versão da ré de que foi vítima de tentativa de estupro, por isso, a qualificadora do motivo torpe foi afastada.
A mulher então acabou condenada por homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. O juiz Aluizio Pereira dos Santos assinou a sentença de 11 anos, nove meses e 20 dias de prisão em regime fechado, além de indenização mínima de R$ 10 mil aos familiares da vítima.
Homicídio - Anderson foi assassinado com seis facadas, sendo cinco nas costas e uma no pescoço, e foi encontrado de bruços em uma cama. No corpo do homem também foram encontrados arranhões de faca na nuca. Jocassia foi flagrada saindo da casa por câmeras de segurança e se tornou a principal suspeita.
Equipe da DHPP (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa) encontrou Jocassia no dia seguinte, no Jardim Nova Jerusalém - que fica na região das Moreninhas. Na delegacia, confessou o crime e explicou ao delegado que Anderson estava cobrando uma dívida que não existia e queria o "corpo" dela.
A mulher contou que eles bebiam e usavam drogas com outro rapaz na casa dela. "Foi cobrar de novo o aluguel, queria meu corpo para que eu o pagasse", disse. Na sequência, houve discussão e "Dendê", como era conhecido, quebrou os móveis de Jocassia. "Quebrou o fogão, jogou a geladeira no chão", afirmou a mulher.
O rapaz que estava bebendo junto com os dois confirmou os fatos. "Estávamos bebendo cerveja, cheirando pó, e eles brigando. Ele quebrou as coisas dela, foi embora e a Jocassia foi para a casa dele. Ficou silêncio. Ela voltou com a mão cheia de sangue falando 'olha o que eu fiz'", lembra. Esse rapaz conta que chegou a ir até o imóvel, viu a vítima caída ferida e saiu correndo, porque estava "chapado".



