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Capital

Internada, mulher denuncia agressão por segurança de agência bancária

Caso aconteceu por volta das 15h30 de ontem (5), na Caixa Econômica Federal, na Rua Barão do Rio Branco, região central

Viviane Oliveira | 06/09/2018 10:04
Maria Izabel está internada na Santa Casa com braço direito deslocado e com suspeita de lesão na coluna  (Foto: Henrique Kawaminami)
Maria Izabel está internada na Santa Casa com braço direito deslocado e com suspeita de lesão na coluna (Foto: Henrique Kawaminami)

A funcionária pública Maria Izabel Gersei Torres, 56 anos, diz que foi agredida por um segurança após a porta giratória de uma agência bancária travar. O episódio aconteceu por volta das 15h30 de ontem (5), na Caixa Econômica Federal localizada na Rua Barão do Rio Branco, região central de Campo Grande.

Por causa das agressões, Maria Izabel teve o braço direito deslocado e está internada na Santa Casa desde ontem com suspeita de lesão na coluna. A cliente relata que ao tentar entrar na agência, a porta giratória travou pois o casaco que vestia tinha botões de metal. “Eu ainda questionei o segurança, se era necessário tirar a roupa para entrar. Porém, ele ignorou a situação e pediu que retirasse os pertences da bolsa”, conta.

A funcionária pública, então, jogou os objetos no chão e ao se ajoelhar para recolher, segundo relatos dela à reportagem, foi provocada pelo segurança. “Ele disse: é isso mesmo”, em tom de deboche", relata. Depois do transtorno, Maria Izabel entrou no banco e fez tudo o que precisava. Sacou dinheiro, pagou contas e na hora de ir embora, afirma, foi novamente provocada.

“O mesmo vigia travou a porta giratória de propósito, foi quando perguntei se ele queria que eu tirasse a roupa. Ele me mandou tomar naquele lugar. Eu respondi, vai você seu filho da p...”. Maria Izabel diz que ficou revoltada com a situação e resolveu voltar para reclamar com o gerente. Mas acabou agarrada pelo pescoço e agredida pelo segurança com socos no peito.

Algumas mulheres, segundo a vítima, tentaram a ajudar. Ainda conforme relatos da funcionária pública, o segurança por duas vezes tentou sacar a arma para intimidá-la. “Fiquei muito nervosa, passei mal e desmaiei. O gerente me levou para dentro da agência e acionou o socorro. Fiquei mais de uma hora no local esperando ajuda médica. Só pedia para chamar meu filho”, lamenta.

Maria Izabel foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à Santa Casa, onde continua internada. Ela pretende registar boletim de ocorrência assim que receber alta. “Nunca passei por tanto constrangimento. Nunca imaginei ser agredida dentro de uma agência bancária”, desabafa.

O outro lado - Em resposta, a empresa Rondai Segurança, prestadora de serviço para a Caixa Econômica Federal, lamenta o ocorrido e alega que não houve agressão. "Ele fez o que um vigilante deve fazer. Afinal é uma agência bancária e o profissional deve seguir procedimentos", explica o diretor da Rondai, Anderson Lauro Soares de Oliveira. Ele afirma que as imagens de segurança mostram, claramente, que o segurança não agrediu a cliente. 

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