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Capital

Julgado nesta terça-feira rapaz que matou outro nos altos da Afonso Pena

Nadyenka Castro | 03/04/2012 10:47

Quatro testemunhas foram ouvidas em plenário. Entre elas, irmão da vítima que viu o crime

Willian confessa o assassinato, mas diz que matou após ser agredido. (Foto: Marlon Ganassin)
Willian confessa o assassinato, mas diz que matou após ser agredido. (Foto: Marlon Ganassin)
Sérgio, pai de Felipe, fala que filho nunca se envolveu em briga. (Foto: Marlon Ganassin)
Sérgio, pai de Felipe, fala que filho nunca se envolveu em briga. (Foto: Marlon Ganassin)

É julgado nesta terça-feira Willian Paniago Nery de Oliveira, 20 anos, que na noite do dia 3 de outubro de 2010 matou a tiro Felipe Machado Felício, nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

O julgamento é acompanhado por amigos e familiares de Felipe. “Espero que seja feita justiça. Que ele pague pelo que ele fez”, fala o pintor Sérgio Paredes Felício, 42 anos, pai da vítima, referindo-se ao desejo de condenação para Willian.

Quatro testemunhas foram ouvidas em plenário. A primeira afirmou que houve uma briga antes do crime e que foi ela quem tirou Willian, que apanhava, do local. Declarou ainda que não saberia reconhecer os envolvidos na confusão.

As demais testemunhas, uma delas um irmão de Felipe, afirmam que não teve briga e que, após terem saído do Shopping Campo Grande, seguiam pela Afonso Penal e em frente ao Parque das Nações Indígenas, Willian se deparou com eles e atirou.

Antes de atirar, de acordo com os relatos, o réu perguntou a Felipe se ele gostava de briga e fez os disparos. “Ele [Felipe] colocou a mão na cabeça para se proteger, virou de costas e falou pelo amor de Deus para não atirar”, contou o irmão da vítima.

Willian confessa que matou Felipe, mas, afirma que foi agredido antes; conta que havia ingerido quatro ‘copão’ de cerveja e que tinha uma arma de fogo para se defender. “Eu atirei e saí correndo”, fala o acusado, que, para fugir, pulou o alambrado do Parque das Nações Indígenas.

O réu diz também que tinha o hábito de ir à Afonso Pena aos domingos, que no dia do crime tinha ido de bicicleta e deixado a mulher, grávida, na casa da mãe.

Na versão de Willian, o grupo no qual Felipe estava o agrediu porque ele morava na Vila Margarida. “Eu estava descendo [a avenida] e esses moleques perguntaram se eu era da Margarida”.

Willian foi preso quatro dias depois. Ele tem passagens por outros crimes. Felipe não tinha ficha criminal e trabalhava como menor aprendiz. “Ele era muito responsável. A gente trabalhava e dava o dinheiro para ele pagar as contas”, lembra Sérgio.

Julgamento - Após as explanações da defesa e da acusação, os sete jurados se reúnem e respondem aos quesitos sobre o caso. A sentença é proferida de acordo com a votação do Conselho de Sentença. O júri popular é presidido pelo juiz Alexandre Ito, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

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