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Capital

Justiça mantém condenação de rapaz que matou ex-namorada e amigo dela

Defesa de Messias Cordeiro de Lima foi julgado em abril de 2024 e recurso da defesa foi negado

Por Ana Paula Chuva | 17/10/2025 12:51
Justiça mantém condenação de rapaz que matou ex-namorada e amigo dela
Momento em que Messias ouviu a sentença durante júri em 2024 (Foto: Juliano Almeida)

Messias Cordeiro de Lima teve a condenação mantida por matar a ex-namorada Karolina Silva Pereira e o amigo dela Luan Roberto de Oliveira. O crime aconteceu em abril de 2023, no Jardim Colibri, em Campo Grande. O rapaz sentou no banco dos réus um ano depois e acabou sentenciado a 45 anos de prisão em regime fechado, mas a defesa entrou com recurso que foi negado.

RESUMO

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A Justiça manteve a condenação de Messias Cordeiro de Lima pelo assassinato de sua ex-namorada, Karolina Silva Pereira, e do amigo dela, Luan Roberto de Oliveira, ocorrido em abril de 2023, em Campo Grande. O réu foi sentenciado a 45 anos de prisão em regime fechado.O crime aconteceu quando as vítimas, que eram colegas de trabalho em uma pizzaria, retornavam para casa. Messias, que estava à espreita, atirou contra ambos após vê-los juntos. Luan morreu no local e Karolina faleceu dois dias depois no hospital. O assassino confessou o crime e foi condenado por feminicídio, homicídio qualificado e porte ilegal de arma.

A decisão de manter a condenação foi publicada no Diário da Justiça desta sexta-feira (17). O caso tramitou em sigilo, por isso não há detalhes da decisão. Em fevereiro foi divulgado que a apelação criminal da defesa de Messias havia sido negada pela 2ª Câmara Criminal de Campo Grande.

“A existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis autoriza a imposição da pena-base acima do mínimo legal. Incabível a incidência da atenuante da violenta emoção se não demonstrado qualquer ato injusto praticado pelas vítimas em desfavor do acusado que justificasse sua ação de matá-las. Impossível a aplicação do princípio da consunção se as condutas ocorreram de forma independente e autônomas, não se vislumbrando qualquer vinculação entre os crimes praticados”, diz o texto da decisão que manteve também a indenização aos familiares das vítimas.

Durante o julgamento no dia 30 de abril do ano passado, os advogados Caio Moura Kai, Antony Martines e Keily Ferreira contestaram as informações apresentadas pela acusação alegando que o réu teria problemas mentais. Mas o Conselho de Sentença decidiu condenar o rapaz.

A sentença foi assinada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos que condenou o réu por feminicídio (22 anos), homicídio qualificado sem possibilidade de defesa (20 anos) e porte ilegal de arma de fogo (3 anos), totalizando 45 anos em regime fechado. O magistrado ainda determinou o pagamento de R$ 15 mil em multa para os familiares de cada uma das vítimas.

Justiça mantém condenação de rapaz que matou ex-namorada e amigo dela
Karolina e Luan foram assassinados a tiros saindo do trabalho (Foto: Reprodução | Redes Sociais)

Crime - O crime aconteceu no dia 30 de abril de 2023. As duas vítimas eram colegas de trabalho, ele como motoentregador de uma pizzaria, localizada no Bairro Guanandi, onde ela havia sido contratada uma semana antes do crime. O rapaz se ofereceu para levar a moça até a casa dela, por ser perigoso que ela voltasse sozinha de madrugada.

Luan foi atingido no tórax, socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu e morreu no local. Karolina foi ferida por dois tiros, um deles quando estava de costas, correndo do assassino. Ela foi atingida no crânio, chegou a ser intubada na viatura de socorro e levada à Santa Casa em estado grave, onde morreu dois dias depois.

Messias se entregou à polícia e confessou o crime no mesmo dia. Ele confirmou em juízo a versão dada à polícia: que estava à espreita, nas proximidades da casa da ex, quando a viu chegar junto com Luan, sentiu raiva incontrolável, por isso foi até os dois e atirou.

O rapaz revelou ainda que três dias antes já havia ficado de tocaia em frente à residência e viu Karolina beijando Luan. “Naquele momento, eu senti muito ódio, senti muita raiva, e a partir daquele momento eu não consegui dormir mais do que 4 horas por dia, às vezes, nem isso. Fiquei atormentado com isso”, afirmou em depoimento gravado.

Após atirar em Karolina e Luan, o assassino ligou para a mãe da menina. Foi quando admitiu ser o autor do crime pela primeira vez e mandou mensagens de áudio. “Queria saber como ela tá? (sic)”. Em seguida, afirma para a mulher que atirou na filha dela.


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