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Capital

Justiça nega prisão de PF, Name e pistoleiro pela morte do “Playboy da Mansão”

Em outubro de 2018, Marcel foi assassinado à queima roupa enquanto bebia com amigos em bar de Campo Grande

Aline dos Santos | 28/10/2020 11:28
Marcel Colombo foi executado há três anos em Campo Grande. (Foto: Facebook)
Marcel Colombo foi executado há três anos em Campo Grande. (Foto: Facebook)

Os sete pedidos de prisão preventiva pela morte de Marcel Costa Hernandes Colombo, 31 anos, conhecido como “Playboy da Mansão”, foram negados pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos. O processo é mais um da operação Omertà, que investiga milícia e grupo de extermínio.

A lista de denunciados é formada por Jamil Name, Jamil Name Filho, José Moreira Freires, Juanil Miranda Lima, o ex-guarda municipal Marcelo Rios, o policial federal afastado Everaldo Monteiro de Assis e Rafael Antunes Vieira.

Jamil Name e o filho são apontados como os mandantes. Enquanto José, Everaldo e Marcelo intermediaram e Juanil foi o executor.

Segundo o juiz, os indícios de autoria “ainda não são suficientes”. O magistrado cita que a vítima cumpriu pena no presídio por contrabando e era “prometida à morte”. Outro ponto destacado é que uma das pistas iniciais sem sucesso foi o relacionamento sexual de Marcel com funcionária que havia terminado casamento conturbado.

“No caso, o que se tem como certo é que a vítima brigou com Jamil Name Filho numa boate há muito tempo e pediu desculpas, ditas pelos policiais que não foram aceitas. Em cima disto criou-se deduções de que o pai e filho (Names) mandaram matá-lo com base nas diligências feitas, as quais não obstante carecer de outras, são dignas de elogios pelo trabalho das ilustres Autoridades Policiais”, afirma o juiz.

Marcel foi assassinado a tiros de pistola 9 mm (milímetros) à queima roupa enquanto bebia com amigos em um bar de Campo Grande. A execução foi na madrugada de uma quinta-feira, dia 18 de outubro de 2018.

Uma semana depois, em  26 de outubro de 2018,  o empresário Joel Colombo prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia, em Campo Grande, e contou que o filho tinha uma desavença com Jamil Name Filho por causa de briga ocorrida em casa noturna da cidade anos antes. Relatou ainda que Marcel chegou a procurar o pai do desafeto, o empresário Jamil Name, para pedir desculpas.

Everaldo Monteiro de Assis durante depoimento ao Gaeco, na primeira fase da Omertà. (Foto: Reprodução de vídeo)
Everaldo Monteiro de Assis durante depoimento ao Gaeco, na primeira fase da Omertà. (Foto: Reprodução de vídeo)

Segue preso  – O juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho, revogou ontem (dia 27) a prisão de Everaldo Monteiro Filho no processo por formação de quadrilha e determinou uso de tornozeleira eletrônica.

O policial está preso desde 27 de setembro do ano passado, data em que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros) deflagram a primeira fase de Omertà.

De acordo com o magistrado, Everaldo compõe o núcleo de apoiadores, ao lado de diversos outros acusados, e não tem posição privilegiada  na hierarquia da organização.

“Das suas supostas funções, ao menos em tese, depreende-se que não são referentes à aquisição, transporte ou porte de armas de fogo, tampouco relacionadas a práticas violentas”, informa a decisão.

Segundo o advogado Odilon de Oliveira, o policial ainda não deixou a prisão por ter outro mandado em vigor, relativo à terceira fase da operação, realizada em junho deste ano.  A defesa tenta reverter essa prisão. "Vamos pedir ao juiz que aplique o mesmo entendimento quanto à soltura", afirma Odilon.

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