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Capital

Lixo bloqueia passagem até de rua asfaltada na Capital

Desesperados, moradores afirmam que não sabem mais o que fazer, nem para quem reclamar

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 22/01/2021 12:48
Adrielly mostra a Rua Antônio Flávio Coimbra Mota, bloqueada por tanta sujeira (Foto: Henrique Kawaminami)
Adrielly mostra a Rua Antônio Flávio Coimbra Mota, bloqueada por tanta sujeira (Foto: Henrique Kawaminami)

Asfaltada, mas cercada por terrenos baldios, a Rua Antônio Flávio Coimbra Mota, no Bairro Taquaral Bosque, em Campo Grande, que dá acesso à BR-163, foi bloqueada por entulhos. Os moradores reclamam que o local virou lixão a céu aberto e esconderijo para animais peçonhentos. “Essa situação está gerando diversos transtornos”, lamenta a professora de Educação Física Adrielly Aparecida Alves de Oliveira, 27 anos.

Casada, mãe de dois filhos de 4 e 2 anos, ela mora na região há pouco mais de 1 ano. A professora contou que vive incomodada, mas sem poder fazer nada para mudar o cenário de abandono do trecho. “Incomoda bastante. Além disso, está aparecendo muita barata e animal peçonhento lá em casa", diz. Também há sujeira nas ruas Horácio Lemos e Issa Antônio.

Antes de virar lixão, a via era rota da família passear com as crianças e os dois cachorros. “Agora é impossível transitar aqui com tudo isso de sujeira. Todo dia alguém vem descarregar entulho aqui. As pessoas descartam de tudo, até gato e cachorro morto. O cheiro é insuportável. A situação está fora de controle”, reclama.

Rua Antônio Flávio Coimbra Mota, que dá acesso à BR-163 (Foto: Henrique Kawaminami) 
Rua Antônio Flávio Coimbra Mota, que dá acesso à BR-163 (Foto: Henrique Kawaminami)

Outro problema enfrentado pela moradora é quando alguém decide colocar fogo para fazer a limpeza. “A prefeitura deveria fiscalizar, fazer o controle. Quem sofre é a população, quem mora perto. Os donos dos terrenos também deveriam ser notificados, ninguém faz nada. Tenho medo dos meus filhos serem picados por bichos peçonhentos”.

Segundo o comerciante Antônio Cardoso, 43 anos, morador do bairro há 23 anos, já ligou por diversas vezes na prefeitura, mas não adiantou nada. “É perda de tempo. Já reclamamos até com a Guarda Municipal, mas eles falam que não é de responsabilidade deles. O problema aqui é constante. O povo joga lixo direto. Se a gente for reclamar com quem está jogando, é confusão na certa. Então tem que ficar quieto. Quem joga lixo aí é gente noiada (usuário de droga)”, diz.

Tem uma pessoa no bairro, afirma, dono de um veículo Pampa velho que recebe R$ 10 de moradores de outros bairros ou até mesmo da região para tirar o entulho da casa deles e jogar na rua. “O carro não tem nem placa. Já vi polícia passar perto dessa Pampa e não fazer nada. Alguém precisa fazer alguma coisa. Ajudar a gente”, implora.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para saber se há limpeza programada para o bairro nas próximas semanas, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.

Rua Horácio Lemos (Foto: Henrique Kawaminami) 
Rua Horácio Lemos (Foto: Henrique Kawaminami)


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