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Capital

Lucrar, se esconder ou fugir: morador se prepara para folia na Esplanada

Xixi na rua e sujeira são os maiores problemas, relatam moradores que fogem da folia

Anahi Zurutuza e Maressa Mendonça | 18/02/2020 17:35
Ateliê da costureira Maria Salete já já vai virar bar com direito a banheiro (Foto: Kísie Ainoã)
Ateliê da costureira Maria Salete já já vai virar bar com direito a banheiro (Foto: Kísie Ainoã)

Transformar a casa em bar e ganhar um extra com isso, se esconder da folia mesmo que o barulho não deixe esquecê-la ou fugir para outro lugar que não sejam as ruas de paralelepípedos da Vila dos Ferroviários, em Campo Grande. Por ali, tem gente que gosta de Carnaval, tem gente que não. E cada um se prepara de um jeito.

Pelas ruas da vila os blocos mais tradicionais da cidade, Cordão da Valu e Capivara Blasé, comandam a festa popular a partir deste fim de semana. Há quem comemore a chance de lucrar com a alegria dos foliões, como a costureira Maria Salete, que há cinco anos transforma o ateliê de costura em bar para os dias de Carnaval. Aa araras de roupa dão lugar a caixas térmicas e até o banheiro gera renda. “Cobro R$ 2 para usar. Eu gosto de carnaval, acho legal, divertido. Dá para se divertir e ainda lucrar”, conta.

Na Rua Dr. Ferreira, a dona de casa Maria Araci, de 78 anos, não fica tão empolgada com as proximidades da festa, mas garante que sempre gostou do festejo tradicional. “O problema não é o carnaval, mas a sujeira que fica depois”.

Maria Araci, de 78 anos, bem que gostaria, mas com a idade diz não ter mais energia para pular Carnaval e ficará em casa (Foto: Kísie Ainoã)
Maria Araci, de 78 anos, bem que gostaria, mas com a idade diz não ter mais energia para pular Carnaval e ficará em casa (Foto: Kísie Ainoã)

Ela relata que já aconteceu de folião entrar na varanda da casa dela para fazer xixi. No ano passado, porém, foi mais tranquilo, porque a rua foi fechada para acesso exclusivo dos moradores.

A família de Maria Araci prefere aproveitar os dias de folga bem longe da multidão. A nora, funcionária pública Catiucia Sanches, de 37 anos, nora, vai viajar com outros familiares. “A gente aproveita a folga para descansar”.

Para o Hortêncio Silva, de 72 anos, Carnaval é sinônimo de ficar em casa. “Não tenho nada contra, mas a gurizada bebe demais e vira bagunça”.

Para ele, o xixi na rua é o maior problema. Também aposentado, José Ferreira da Silva, de 68 anos, concorda. “Fazem xixi em tudo e se você vai reclamar, ainda acham ruim. Isso é uma vila, tem muitos aposentados, a maioria fica em casa”.

Entra ano, sai ano e paralelepípedos suportam agito sem darem sinais de cansaço (Foto: Kísie Ainoã)
Entra ano, sai ano e paralelepípedos suportam agito sem darem sinais de cansaço (Foto: Kísie Ainoã)
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