ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Mãe sabia que adolescente era estuprada pelo padrasto, diz filha

Ana Paula Carvalho | 29/08/2011 19:42
Irmãs durante registro de ocorrência na Polícia Civil (foto: Simão Nogueira)
Irmãs durante registro de ocorrência na Polícia Civil (foto: Simão Nogueira)

A mulher de 26 que diz ter sido abusada pelo padrasto dos sete aos 12 anos, disse ao Campo Grande News que a mãe dela sabia que a filha mais nova era a próxima vítima do homem de 43 anos. A adolescente de 16 anos vinha sendo violentada pelo padrasto desde os dez.

“Minha mãe sabia e não fez nada. Ela diz que ama ele”, relata.

Ontem (28) as duas irmãs procuraram a Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) para denunciar o padrasto. Os abusos só foram descobertos porque a avó das meninas viu o homem beijando a adolescente e contou para a família.

“Eu perguntei, mas ela negou. Só quando eu contei que ele tinha feito o mesmo comigo quando eu era criança que ela resolveu falar”, afirma.

Ainda de acordo com a irmã mais velha, os abusos aconteciam em um matagal próximo a casa onde a família morava no Jardim Noroeste. “Ele é um monstro. Ele não é deste mundo”, diz.

Hoje a garota passou por exame de corpo de delito e está morando com a irmã mais velha. Ela não quer voltar para a casa da mãe. Amanhã ela será levada ao médico para fazer todos os exames necessários.

Abandono - A mulher de 16 anos conta que a mãe também sabia que ela era abusada quando criança, quando a menina estava com 12 anos, a mulher flagrou o marido e filha encima da cama dela. “Ela pegou uma sacolinha de roupas e me levou para a casa da minha avó. Ela disse que eu estava aprontando. Ela me trocou por ele”, diz.

Desde então ela passou a morar com a avó em Anastácio, município distante 135 quilômetros de Campo Grande, teve momentos de revolta e foi morar com o pai no Paraná. Hoje ela é casada e tem um casal de filhos.

Medo - Denunciar o agressor foi o que a mulher achou que era certo fazer. Hoje, ela tem medo de que ele faça alguma coisa com ela e com as irmãs. Segundo ela, o padrasto já a ameaçou de morte.

Familiares relataram a uma das irmãs, que o homem tem ido a casa onde mora tomar banho. O caso será investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção á Criança e ao Adolescente).

Nos siga no Google Notícias