Matagal em bairro dá lugar a obra de praça, mas construção fica abandonada

Quem mora no Conjunto Edson Brito Garcia, localizado na região sul de Campo Grande, até respirou aliviado quando, no fim do ano passado, uma área tomada pelo mato deu lugar ao início das obras para uma praça na Rua Arlindo Ferreira Barbosa. O alivio durou pouco, pois o local foi abandonado e o que resta é acúmulo de terra e o sonho de ter um espaço para prática de esporte e lazer.

A secretária Jéssica dos Santos, 19 anos, disse que algumas áreas da praça chegaram a ser concluídas, como a pista de caminhada e a quadra de areia. “ Mas como o terreno não estava nivelado, depois da primeira chuva já surgiram buracos. A quadra de areia não foi cercada, o que facilita a entrada de animais. Então as crianças nem brincam lá e o campo de futebol vira poça de água”, disse.

Ainda segundo a moradora, a praça mais próxima fica a 2,5 km de distância, no Rouxinóis, o que inviabiliza a ida da família até o local. Na casa dela tem quatro crianças, a mais velha tem seis anos de idade.

Além disso, outros transtornos surgiram. Um deles é a insegurança e o alagamento em algumas casas em dias de chuva. Segundo moradores, durante a noite o local é frequentado por usuários de drogas. “Depois das 20 horas ninguém sai de casa”, disse o pedreiro, Marcelo Douglas, 23 anos.

Para o aposentado, José Newton Alves, 64 anos, o principal transtorno causado é o alagamento da casa dele em dias de chuva. “A praça ficou em nível mais elevado e quando chove a água escorre toda para minha casa. Tive de colocar um cano na parte baixa do muro para tentar escoar para a rua. Antes da praça essa situação não ocorria”, contou.

A reportagem buscou informações na prefeitura para saber sobre a execução da obra. A Seintrha informou, via assessoria de imprensa, que não consta nos registros da secretaria projeto ou obra em execução de praça no Conjunto Edson Brito Garcia.