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Capital

Medo é constante onde moradores agiram com as próprias mãos

Viviane Oliveira e Adriano Fernandes | 28/11/2016 10:04
Cleide Marçal diz que o número de assaltos diminuiu, mas mesmo assim tem medo de ser alvo novamente de bandidos. (Foto: Marina Pacheco)
Cleide Marçal diz que o número de assaltos diminuiu, mas mesmo assim tem medo de ser alvo novamente de bandidos. (Foto: Marina Pacheco)

Na manhã desta segunda-feira (28), moradores e comerciantes relataram o medo que vivem a cada roubo ocorrido na região do Pioneiros, em Campo Grande. Na noite de domingo (27), dois assaltantes armados foram detidos pela população após agredir vítimas e tentar roubar uma caminhonete estacionada em frente a uma lanchonete, na Rua Ana Luíza de Souza, uma das mais movimentadas do bairro.

Proprietária de uma panificadora há 12 anos, Cleide Marçal, 52 anos, conta que nos últimos quatro anos o número de assaltos diminuiu, porém há muitos usuários de drogas na região e cada vez que um comércio é assaltado o medo volta a assombrar e provocar mudanças na rotina da família.

A comerciante, por exemplo, abre a padaria às 5h30 e fecha às 19h30, mas depois que o vizinho foi vítima de bandidos, pretende fechar as portas 30 minutos mais cedo. “A gente precisa de mais segurança. Aqui nós trabalhamos com a família e tem crianças o tempo todo no estabelecimento”, conta.

Compartilha da mesma opinião a comerciante Vanessa Vitória Grance, 28 anos. Tocando uma loja de chaveiro há 6 meses, a mulher comemora que ainda não foi assaltada, mas todos os dias recebe a visita de usuários de droga e moradores de rua pedindo dinheiro.

“O prédio já abrigou uma tabacaria e um espetinho. Há relatos de que os arrombamentos eram comuns aqui”, lamenta. A mulher relembra que na semana passada até uma creche no entorno foi alvo dos bandidos.

Na rua principal do bairro, há vários comércios. (Foto: Marina Pacheco)
Na rua principal do bairro, há vários comércios. (Foto: Marina Pacheco)

Ainda assustada e com medo de dar muitos detalhes, uma das vítimas que estava no momento em que o comércio foi assaltado na noite de domingo (27), relata que os dois rapazes chegaram anunciando o roubo e agredindo as pessoas.

“Era por volta das 21h30, quando dois homens, um deles armado com uma pistola, chegaram de repente. Eles queriam a caminhonete de um dos clientes, estacionada em frente ao imóvel". 

Um dos bandidos, Victor Hugo Lima Brandão, 19 anos, tentou atirar por duas vezes, mas arma falhou, foi quando as vítimas reagiram e amarraram o suspeito até a chegada da polícia. “Não foi uma boa iniciativa, colocamos em risco a vida de outras pessoas, mas na hora do desespero a gente acaba agindo sem pensar”.

A testemunha tem medo do que pode acontecer daqui por diante, pois os familiares dos suspeitos foram até o local depois que ficaram sabendo da situação. “Não conhecia os rapazes, mas eles devem ser da região”. O comparsa de Victor, conhecido pelo apelido de 'Coxete' conseguiu fugir. Victor estava foragido do sistema prisional.

Roubos - A polícia suspeita que a mesma dupla cometeu dois assaltos antes de Victor ser preso. Um dos casos foi por volta das 19h30, na Rua Alexandre Fleming, na Vila Bandeirantes, em Campo Grande. Os bandidos roubaram uma caminhonete S-10 de um idoso de 64 anos.

Também houve o roubo de uma Ranger cinza no Bairro Nova Esperança. Lá, os ladrões invadiram uma igreja e levaram o veículo do pastor. A Polícia Militar faz buscas nas região para encontrar o comparsa de Victor, mas até o fechamento desse texto não tinha sido encontrado. 

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