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Capital

Sem aparecer em júri, ré por matar Karolzinha é condenada e, agora, é foragida

Crime aconteceu em agosto de 2020 e acusada se apresentou na delegacia três dias depois, mas nunca foi presa

Ana Paula Chuva | 30/05/2023 14:15
Banco dos réus vazio durante julgamento nesta terça-feira. (Foto: Marcos Maluf)
Banco dos réus vazio durante julgamento nesta terça-feira. (Foto: Marcos Maluf)

Mesmo sem comparecer à sessão de julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri, Nayara Francine Nóbrega, acusada de matar com quatro tiros Carolina Leandro Souto, conhecida como Karolzinha, foi condenada a 12 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio qualificado. Foi expedido mandado de prisão e, agora, ela é considerada foragida da Justiça.

O crime aconteceu no dia 31 de agosto de 2020, por volta das 10h, na Rua Independente, no Jardim Aeroporto, em Campo Grande. Durante o julgamento, a promotora de vendas Vitória da Silva Martins, testemunha de defesa, afirmou ao juiz que Nayara era ameaçada por Karolzinha. Antes de brigarem, as duas eram amigas, mas se desentenderam por causa de roupa.

No domingo (30), houve outra confusão em uma festa envolvendo as duas. No dia seguinte, Karolzinha foi morta quando estava sentada com as amigas em frente a casa onde morava. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu. Nayara se apresentou à polícia três dias depois, entregou a arma utilizada no crime e nunca foi presa.

O defensor público Ronald Calixto Nunes, que faz a defesa da acusada, explicou que a ré foi intimada por edital. “Ela não foi encontrada [pelo oficial de Justiça] e foi intimada por edital. O julgamento pode acontecer sem a ré. Vamos aguardar a decisão do juiz”, disse.

Em dezembro de 2020, Nayara foi denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul pelo homicídio qualificado e por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Hoje, no julgamento, o Conselho de Sentença decidiu por condená-la apenas pelo assassinato. A decisão, assinada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, determina que a acusada cumpra a pena de 12 anos em regime fechado.

Nayara quando esteve na delegacia para prestar depoimento, em setembro de 2020. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)
Nayara quando esteve na delegacia para prestar depoimento, em setembro de 2020. (Foto: Henrique Kawaminami | Arquivo)


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