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Capital

Ministério Público investiga supostas irregularidades no Memorial da Cultura

Alan Diógenes | 17/12/2014 17:26
MPE vai investigar possível desvio de recurso público destinado ao órgão. (Foto: Marcos Ermínio)
MPE vai investigar possível desvio de recurso público destinado ao órgão. (Foto: Marcos Ermínio)
Memorial foi inaugurado há 9 anos atrás. (Foto: Marcos Ermínio)
Memorial foi inaugurado há 9 anos atrás. (Foto: Marcos Ermínio)

O MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito civil para investigar eventual desvio de recursos públicos destinados ao Memorial da Cultura Indígena, localizado na Rua Terena, Bairro Tiradentes, em Campo Grande. A medida foi assinada pelo promotor de Justiça Henrique Cândia.

A coordenaria da entidade informou na tarde desta quarta-feira (17) que já foi notificada sobra a ação do MPE, mas negou o fato. “Essa informação não procede, mas já colaboramos com o MPE e enviamos cópias do que foi gasto no memorial, tanto com pessoal como estrutura do prédio”, explicou a coordenadora Alice de Oliveira Silva, 38 anos.

Ela conta que a denúncia surgiu de uma funcionária indígena que alegando ter sido demitida e usou a declaração para se promover. “Ela não foi demitida, simplesmente abandonou o emprego. Depois usou a declaração para que alguém fosse atrás dela e lhe oferecesse dinheiro”, comentou.

Atualmente o memorial conta com cinco funcionários, uma coordenadora, duas atendentes, uma faxineira e um guarda municipal que faz a segurança no período noturno. Apenas a coordenadora e o guarda são servidores da prefeitura, as outras funcionárias são de uma empresa terceirizada.

Segundo a coordenadora, o atendimento no local continua normal e gratuito, de segunda-feira a segunda-feira. O ônibus City Tour também passa pelo local com turistas que querem conhecê-lo. O Campo Grande News esteve na hoje de tarde de lá e constatou que o memorial está bem conservado.

Conforme Alice, o dinheiro da venda dos artesanatos são revertidos para a comunidade indígena, que mora ao redor do memorial. Ela falou que se não tivesse o recurso vindo da prefeitura, não conseguiria manter a entidade.

“Se fossemos cobra da própria população indígena recursos para manter o memorial, não iríamos conseguiria pagar luz, água, os funcionários, entre outros. Precisamos do apoio da prefeitura para ficar de pé”, finalizou.

O Memorial da Cultura Indígena foi inaugurado no dia 21 de dezembro de 2005 pelo ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). O memorial tem como objetivo expor artesanatos da comunidade indígena que vive na região.

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